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Quarta-Feira, 08 de Fevereiro de 2023 às 17:00:00
Laboratório Central de Saúde Pública e Universidade Federal de Sergipe realizam pesquisa sobre varíola dos macacos
Considerando os 72 casos de Monkeypox já registrados em Sergipe, Saúde orienta que pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento

O Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) divulgou uma pesquisa científica realizada em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) sobre o contágio da varíola dos macacos (Monkeypox). Focado no caso sergipano, o estudo é dirigido à análise da doença entre crianças e adolescentes. Gerido pela Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), o Lacen é vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES).

O material  foi publicado na última semana de janeiro na revista internacional Journal of Pedriatics and Child Health (Revista de Pediatria e Saúde de Crianças e Adolescentes). Sua elaboração ficou a cargo de pesquisadores do Lacen, da UFS e da SES.

De acordo com a gerente de Biologia Molecular do Lacen, Gabriela Bezerra, o trabalho tomou por base a vigilância laboratorial feita a partir das amostras de lesões dos pacientes. “Realizamos esses testes da pesquisa junto com a nossa rotina diária, que é executada por profissionais treinados do Lacen”, destaca a gerente.

Entre os casos notificados, quinze apresentaram resultado positivo em menores de 18 anos de idade. Todas as crianças apresentavam lesões cutâneas e/ou nas mucosas, nos membros superiores e/ou inferiores, no tronco, na face, na mucosa oral e na região inguinal. Contudo, não foram registradas internações nem óbitos.

Conforme avaliação dos dados, a prevalência de Monkeypox em crianças e adolescentes com idade até 18 anos no estado foi quatro vezes maior do que a estimativa geral no Brasil. Os dados sugerem uma mudança no perfil epidemiológico da Monkeypox em algumas áreas geográficas. Outra observação destaca a necessidade de melhorar a vigilância da doença entre a população, por meio de medidas educativas e preventivas para quem cuida de crianças.

Segundo o superintendente do Lacen, Cliomar Alves, foram analisados todos os casos de suspeita de Monkeypox enviados ao laboratório. Foram observados sintomas, idade, gênero, localização da lesão, ou até mesmo se houve histórico de viagem. "As pesquisas são fundamentais para termos um panorama da propagação da Monkeypox e também para contribuir com as ações do Estado e municípios no controle da doença", conclui Cliomar Alves.

Sintomas da Monkeypox

Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça e aumento de linfonodos, além de lesões de pele. A erupção na pele passa por diferentes estágios, e pode se parecer com varicela (catapora) ou sífilis.

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Laboratório Central de Saúde Pública e Universidade Federal de Sergipe realizam pesquisa sobre varíola dos macacos
Considerando os 72 casos de Monkeypox já registrados em Sergipe, Saúde orienta que pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento
Quarta-Feira, 08 de Fevereiro de 2023 às 17:00:00

O Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) divulgou uma pesquisa científica realizada em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) sobre o contágio da varíola dos macacos (Monkeypox). Focado no caso sergipano, o estudo é dirigido à análise da doença entre crianças e adolescentes. Gerido pela Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), o Lacen é vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES).

O material  foi publicado na última semana de janeiro na revista internacional Journal of Pedriatics and Child Health (Revista de Pediatria e Saúde de Crianças e Adolescentes). Sua elaboração ficou a cargo de pesquisadores do Lacen, da UFS e da SES.

De acordo com a gerente de Biologia Molecular do Lacen, Gabriela Bezerra, o trabalho tomou por base a vigilância laboratorial feita a partir das amostras de lesões dos pacientes. “Realizamos esses testes da pesquisa junto com a nossa rotina diária, que é executada por profissionais treinados do Lacen”, destaca a gerente.

Entre os casos notificados, quinze apresentaram resultado positivo em menores de 18 anos de idade. Todas as crianças apresentavam lesões cutâneas e/ou nas mucosas, nos membros superiores e/ou inferiores, no tronco, na face, na mucosa oral e na região inguinal. Contudo, não foram registradas internações nem óbitos.

Conforme avaliação dos dados, a prevalência de Monkeypox em crianças e adolescentes com idade até 18 anos no estado foi quatro vezes maior do que a estimativa geral no Brasil. Os dados sugerem uma mudança no perfil epidemiológico da Monkeypox em algumas áreas geográficas. Outra observação destaca a necessidade de melhorar a vigilância da doença entre a população, por meio de medidas educativas e preventivas para quem cuida de crianças.

Segundo o superintendente do Lacen, Cliomar Alves, foram analisados todos os casos de suspeita de Monkeypox enviados ao laboratório. Foram observados sintomas, idade, gênero, localização da lesão, ou até mesmo se houve histórico de viagem. "As pesquisas são fundamentais para termos um panorama da propagação da Monkeypox e também para contribuir com as ações do Estado e municípios no controle da doença", conclui Cliomar Alves.

Sintomas da Monkeypox

Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça e aumento de linfonodos, além de lesões de pele. A erupção na pele passa por diferentes estágios, e pode se parecer com varicela (catapora) ou sífilis.