Notícias
Notícias
Quinta-Feira, 14 de Outubro de 2021 às 17:00:00
Hanseníase: Ações da SES com os municípios sergipanos são destaque em reportagem finalista do Prêmio NHR de Jornalismo
As duas reportagens abordam os aspectos clínicos e o estigma da doença, a partir do relato de pacientes e profissionais de saúde

A série de reportagens intitulada “Hanseníase: dos desafios da ciência ao impacto da pandemia da covid-19,” produzida em agosto deste ano pelos jornalistas Josafá Neto, Juliana Almeida e Alysson Lima para a Rádio UFS FM, foi classificada para a final na categoria radiojornalismo, do 3º Prêmio NHR Brasil de Jornalismo. A lista dos trabalhos selecionados para a final do concurso foi divulgada nessa terça-feira, 13. O anúncio dos vencedores será feito no próximo dia 25, no 1º Congresso Digital da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical – MedTrop Play 2021.

As duas reportagens abordam os aspectos clínicos e o estigma da doença, a partir do relato de pacientes e profissionais de saúde. Também destaca os principais desafios da ciência para a compreensão da infecção e os desdobramentos no contexto da pandemia do novo coronavírus. Foram entrevistados especialistas da Universidade Federal de Sergipe e Universidade Federal de Alagoas e a referência Técnica do Programa de Hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde, Fátima Dias, que enfatizou o trabalho desenvolvido junto aos municípios no monitoramento das ações de vigilância, prevenção de saúde e assistência integral.

Hanseníase em Sergipe

A SES estimula junto aos municípios ações de buscativa e campanhas de educação em saúde para a comunidade em geral, apoio técnico, apoio às equipes e educação permanente com o objetivo de ampliar a detecção precoce, investigação dos contatos e tratamento dos pacientes. Dados da SES mostram um decréscimo no número de notificações da doença em Sergipe. Em 2019 foram registradas 314 notificações no estado, em 2020 o número caiu para 250 e, até julho deste ano, foram 117 casos notificados nos 75 municípios sergipanos.

A referência técnica do Programa de Hanseníase da SES, Fátima Dias, destaca as sedes de regional que concentram o maior número de casos. São elas: Aracaju, Socorro, Lagarto, Estância e Itabaiana. A RT afirma que a redução de notificações não pode ser atribuída a uma redução de portadores da doença, informa ainda que o decréscimo no número de notificações aconteceu em outros estados também. Em virtude da pandemia, as pessoas recusaram-se a ir à unidade de saúde e as buscativas para investigação de contatos foram interrompidas diversas vezes em virtude das fases mais restritas da pandemia.

Outro grande problema envolvendo a Hanseníase é o preconceito e a falta de informação sobre a doença que é tratada gratuitamente pelo SUS. “É uma doença secular. Ainda existe uma cultura de associar a Hanseníase a uma punição. Para quebrar esse estigma, a gente precisa fazer esse processo de educação com a comunidade, inclusive pensar ações junto às comunidades religiosas para desconstruirmos essa cultura”, destaca Fátima.

NHR Brasil

A NHR Brasil é o escritório de representação no país da Netherlands Leprosy Relief (NLR), uma organização não-governamental holandesa que atua no desenvolvimento de projetos de prevenção e combate à hanseníase no mundo. A NHR Brasil também integra a Federação Internacional de Associações de Combate à Hanseníase (ILEP).

Compartilhe            
Notícia
/ Notícias / saude

Hanseníase: Ações da SES com os municípios sergipanos são destaque em reportagem finalista do Prêmio NHR de Jornalismo
As duas reportagens abordam os aspectos clínicos e o estigma da doença, a partir do relato de pacientes e profissionais de saúde
Quinta-Feira, 14 de Outubro de 2021 às 17:00:00

A série de reportagens intitulada “Hanseníase: dos desafios da ciência ao impacto da pandemia da covid-19,” produzida em agosto deste ano pelos jornalistas Josafá Neto, Juliana Almeida e Alysson Lima para a Rádio UFS FM, foi classificada para a final na categoria radiojornalismo, do 3º Prêmio NHR Brasil de Jornalismo. A lista dos trabalhos selecionados para a final do concurso foi divulgada nessa terça-feira, 13. O anúncio dos vencedores será feito no próximo dia 25, no 1º Congresso Digital da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical – MedTrop Play 2021.

As duas reportagens abordam os aspectos clínicos e o estigma da doença, a partir do relato de pacientes e profissionais de saúde. Também destaca os principais desafios da ciência para a compreensão da infecção e os desdobramentos no contexto da pandemia do novo coronavírus. Foram entrevistados especialistas da Universidade Federal de Sergipe e Universidade Federal de Alagoas e a referência Técnica do Programa de Hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde, Fátima Dias, que enfatizou o trabalho desenvolvido junto aos municípios no monitoramento das ações de vigilância, prevenção de saúde e assistência integral.

Hanseníase em Sergipe

A SES estimula junto aos municípios ações de buscativa e campanhas de educação em saúde para a comunidade em geral, apoio técnico, apoio às equipes e educação permanente com o objetivo de ampliar a detecção precoce, investigação dos contatos e tratamento dos pacientes. Dados da SES mostram um decréscimo no número de notificações da doença em Sergipe. Em 2019 foram registradas 314 notificações no estado, em 2020 o número caiu para 250 e, até julho deste ano, foram 117 casos notificados nos 75 municípios sergipanos.

A referência técnica do Programa de Hanseníase da SES, Fátima Dias, destaca as sedes de regional que concentram o maior número de casos. São elas: Aracaju, Socorro, Lagarto, Estância e Itabaiana. A RT afirma que a redução de notificações não pode ser atribuída a uma redução de portadores da doença, informa ainda que o decréscimo no número de notificações aconteceu em outros estados também. Em virtude da pandemia, as pessoas recusaram-se a ir à unidade de saúde e as buscativas para investigação de contatos foram interrompidas diversas vezes em virtude das fases mais restritas da pandemia.

Outro grande problema envolvendo a Hanseníase é o preconceito e a falta de informação sobre a doença que é tratada gratuitamente pelo SUS. “É uma doença secular. Ainda existe uma cultura de associar a Hanseníase a uma punição. Para quebrar esse estigma, a gente precisa fazer esse processo de educação com a comunidade, inclusive pensar ações junto às comunidades religiosas para desconstruirmos essa cultura”, destaca Fátima.

NHR Brasil

A NHR Brasil é o escritório de representação no país da Netherlands Leprosy Relief (NLR), uma organização não-governamental holandesa que atua no desenvolvimento de projetos de prevenção e combate à hanseníase no mundo. A NHR Brasil também integra a Federação Internacional de Associações de Combate à Hanseníase (ILEP).