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Segunda-Feira, 13 de Março de 2023 às 14:00:00
Governo de Sergipe intensifica cobertura vacinal no Estado
Doenças que já haviam sido eliminadas, como o sarampo, voltaram a circular no país; foco da Secretaria de Estado da Saúde é resgatar ótimos índices de imunização

Com o objetivo de retomar a marca de 95% de cobertura vacinal, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), dá sequência em 2023 ao trabalho do calendário fixo de vacinação de crianças, adolescentes, adultos e idosos sergipanos. De acordo com a gerente de Imunização da SES, Sândala Teles, houve uma queda significativa entre os anos de 2016 e 2022, sobretudo durante o período de isolamento social, na pandemia da Covid-19.

Segundo a gerente, em 2016 foram registradas as taxas mais baixas de procura de alguns imunobiológicos, como a vacina contra a meningite, que, pelo Programa Nacional de Imunização, tem meta de 95% de cobertura vacinal, mas naquele ano apresentou 83% em Sergipe. Para a meningite são indicadas duas doses da vacina, aos três e cinco meses de vida, com reforço aos 12 meses. Crianças de até dez anos de idade que ainda não foram vacinadas ou ficaram sem uma dose têm a vacina disponível.

“Melhorar a cobertura vacinal é uma preocupação do Ministério da Saúde (MS) e da Vigilância Sanitária. Há vacinas que tinham entre 90% e 95% de cobertura e o índice começou a cair para 80% de uns anos para cá. A queda não foi só em Sergipe, começou a cair no país de um modo geral. Situações como as fake news incitaram as pessoas a acreditar que as doenças não existiam mais, quando sabemos que existem, como, por exemplo, o sarampo, que voltou a circular em 2018, depois de muito trabalho para ser eliminado”, disse a gerente.

Cobertura

Este ano, a SES dá sequência ao trabalho de acompanhamento mês a mês da distribuição e retroalimentação de imunizantes. Além de fazer a entrega das seringas, o papel do estado é ser o responsável pelo planejamento da recepção, armazenamento e distribuição das vacinas para os 75 municípios, além de capacitar os técnicos e retroalimentar os estoques, enquanto a execução fica a cargo da gestão municipal. “Cada gestor municipal é responsável por vacinar seus munícipes. Por isso é importante esse trabalho de conversar e sensibilizar esses gestores, mostrando como está a situação”, disse Sândala.

Dados da cobertura vacinal no estado de Sergipe revelam que o percentual de imunização começou a apresentar melhoras ano passado. No dia 6 de março, a SES iniciou a segunda fase de aplicação das vacinas bivalentes da Pfizer para pessoas de 60 a 69 anos de idade, com o objetivo de reduzir casos graves e óbitos por Covid-19 e a variante Ômicron. Dando sequência ao calendário, em abril terá início a campanha de vacinação contra a influenza (gripe).

“O programa de imunização da SES tem o calendário de vacinação e dentro desses calendários têm os períodos de campanha. A única vacina que trabalhamos somente em campanha é a influenza. E por que trabalhamos a pólio em campanhas? Porque as coberturas não estão boas! É por isso que o país resolve fazer campanha de pólio, para que a gente vá atrás dos bolsões, que são aquelas pessoas que não foram vacinadas. A vacina de pólio está em rotina e se essa criança cumprir esse calendário certinho, ela não vai adoecer”, enfatizou. 

Importância

O funcionário público Felipe Teixeira reconhece a importância de estar em dia com o esquema vacinal. Ele contou que em sua família todos estão com as devidas doses tomadas. Sua filha Helena, de sete anos de idade, tomou a terceira dose contra a Covid-19 em fevereiro passado e em dezembro deve tomar a segunda dose contra a meningite.

“Acreditamos na Ciência, na eficácia das vacinas. Vimos os efeitos que as campanhas de vacinação infantil trouxeram ao Brasil, erradicando doenças que eram tão comuns no passado, como a poliomielite, e que hoje quase não se vê mais crianças com paralisia infantil”, declarou, acrescentando que ele e sua esposa tomaram as quatro doses contra a Covid-19. Ele disse que lamenta o ressurgimento do sarampo no país. “Uma doença que já esteve controlada, mas, devido ao negacionismo de algumas pessoas, está voltando. Espero que a população se conscientize e vacine seus filhos, para que essas doenças evitáveis com a vacina saiam de circulação”.

O raciocínio do funcionário público é reforçado pelo diretor da Vigilância em Saúde da SES, o médico infectologista Marco Aurélio. “A introdução da vacinação trouxe a diminuição e o controle de doenças. Algumas conseguiram ser eliminadas, outras erradicadas e para a doença que existe vacina ela é a melhor forma de controle, porque faz com que a gente tenha uma resposta imunológica àquele agente infeccioso, seja ele um vírus ou uma bactéria, sem ter a doença, sem experimentar a doença, porque, quando se tem a doença, você pode ter as complicações, até o óbito. Proteger-se por meio da vacina é fundamental. Tem a vacina da febre amarela, que foi recentemente introduzida no nosso calendário vacinal em Sergipe, que antes era aplicada somente às pessoas que saíam para a zona de transmissão, mas agora ela é aplicada também na rotina de todas as crianças”, declarou.

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Governo de Sergipe intensifica cobertura vacinal no Estado
Doenças que já haviam sido eliminadas, como o sarampo, voltaram a circular no país; foco da Secretaria de Estado da Saúde é resgatar ótimos índices de imunização
Segunda-Feira, 13 de Março de 2023 às 14:00:00

Com o objetivo de retomar a marca de 95% de cobertura vacinal, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), dá sequência em 2023 ao trabalho do calendário fixo de vacinação de crianças, adolescentes, adultos e idosos sergipanos. De acordo com a gerente de Imunização da SES, Sândala Teles, houve uma queda significativa entre os anos de 2016 e 2022, sobretudo durante o período de isolamento social, na pandemia da Covid-19.

Segundo a gerente, em 2016 foram registradas as taxas mais baixas de procura de alguns imunobiológicos, como a vacina contra a meningite, que, pelo Programa Nacional de Imunização, tem meta de 95% de cobertura vacinal, mas naquele ano apresentou 83% em Sergipe. Para a meningite são indicadas duas doses da vacina, aos três e cinco meses de vida, com reforço aos 12 meses. Crianças de até dez anos de idade que ainda não foram vacinadas ou ficaram sem uma dose têm a vacina disponível.

“Melhorar a cobertura vacinal é uma preocupação do Ministério da Saúde (MS) e da Vigilância Sanitária. Há vacinas que tinham entre 90% e 95% de cobertura e o índice começou a cair para 80% de uns anos para cá. A queda não foi só em Sergipe, começou a cair no país de um modo geral. Situações como as fake news incitaram as pessoas a acreditar que as doenças não existiam mais, quando sabemos que existem, como, por exemplo, o sarampo, que voltou a circular em 2018, depois de muito trabalho para ser eliminado”, disse a gerente.

Cobertura

Este ano, a SES dá sequência ao trabalho de acompanhamento mês a mês da distribuição e retroalimentação de imunizantes. Além de fazer a entrega das seringas, o papel do estado é ser o responsável pelo planejamento da recepção, armazenamento e distribuição das vacinas para os 75 municípios, além de capacitar os técnicos e retroalimentar os estoques, enquanto a execução fica a cargo da gestão municipal. “Cada gestor municipal é responsável por vacinar seus munícipes. Por isso é importante esse trabalho de conversar e sensibilizar esses gestores, mostrando como está a situação”, disse Sândala.

Dados da cobertura vacinal no estado de Sergipe revelam que o percentual de imunização começou a apresentar melhoras ano passado. No dia 6 de março, a SES iniciou a segunda fase de aplicação das vacinas bivalentes da Pfizer para pessoas de 60 a 69 anos de idade, com o objetivo de reduzir casos graves e óbitos por Covid-19 e a variante Ômicron. Dando sequência ao calendário, em abril terá início a campanha de vacinação contra a influenza (gripe).

“O programa de imunização da SES tem o calendário de vacinação e dentro desses calendários têm os períodos de campanha. A única vacina que trabalhamos somente em campanha é a influenza. E por que trabalhamos a pólio em campanhas? Porque as coberturas não estão boas! É por isso que o país resolve fazer campanha de pólio, para que a gente vá atrás dos bolsões, que são aquelas pessoas que não foram vacinadas. A vacina de pólio está em rotina e se essa criança cumprir esse calendário certinho, ela não vai adoecer”, enfatizou. 

Importância

O funcionário público Felipe Teixeira reconhece a importância de estar em dia com o esquema vacinal. Ele contou que em sua família todos estão com as devidas doses tomadas. Sua filha Helena, de sete anos de idade, tomou a terceira dose contra a Covid-19 em fevereiro passado e em dezembro deve tomar a segunda dose contra a meningite.

“Acreditamos na Ciência, na eficácia das vacinas. Vimos os efeitos que as campanhas de vacinação infantil trouxeram ao Brasil, erradicando doenças que eram tão comuns no passado, como a poliomielite, e que hoje quase não se vê mais crianças com paralisia infantil”, declarou, acrescentando que ele e sua esposa tomaram as quatro doses contra a Covid-19. Ele disse que lamenta o ressurgimento do sarampo no país. “Uma doença que já esteve controlada, mas, devido ao negacionismo de algumas pessoas, está voltando. Espero que a população se conscientize e vacine seus filhos, para que essas doenças evitáveis com a vacina saiam de circulação”.

O raciocínio do funcionário público é reforçado pelo diretor da Vigilância em Saúde da SES, o médico infectologista Marco Aurélio. “A introdução da vacinação trouxe a diminuição e o controle de doenças. Algumas conseguiram ser eliminadas, outras erradicadas e para a doença que existe vacina ela é a melhor forma de controle, porque faz com que a gente tenha uma resposta imunológica àquele agente infeccioso, seja ele um vírus ou uma bactéria, sem ter a doença, sem experimentar a doença, porque, quando se tem a doença, você pode ter as complicações, até o óbito. Proteger-se por meio da vacina é fundamental. Tem a vacina da febre amarela, que foi recentemente introduzida no nosso calendário vacinal em Sergipe, que antes era aplicada somente às pessoas que saíam para a zona de transmissão, mas agora ela é aplicada também na rotina de todas as crianças”, declarou.