No segundo dia de atividades do 8º Congresso Norte-Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, um destaque foi o Encontro dos Hospitais Filantrópicos, Santas Casas e Entidades Beneficentes de Sergipe, realizado na manhã desta sexta-feira, na Sala Itabaiana do centro de Convenções de Sergipe. Um público especializado participou do evento, comandado pela presidente da Federação das Casas Santas e Hospitais Filantrópicos de Sergipe (Federase) e presidente do Hospital de Cirurgia, Márcia Guimarães. A secretária de Estado da Saúde, Mércia Feitosa, prestigiou o encontro e valorizou a parceria com as instituições filantrópicas que integram a Rede Estadual de Saúde.

Fazendo um recorte da pandemia, Mércia Feitosa lembrou o grande objetivo de todos que atuam na área da saúde durante a crise sanitária. “Nossa missão foi a de salvar vidas e o que encontramos em Sergipe foi essa junção do público com o filantrópico. Todos se uniram e todos enxergaram naquele momento que tínhamos que reorganizar os serviços, repensar as práticas de saúde e os processos de trabalho. E graças a todos que aqui estão e que estão na assistência, seguimos em frente fortalecidos. Vejo os filantrópicos como o esteio da Rede Estadual de Saúde. Neles está a complementariedade da assistência”, disse.

Márcia Guimarães destacou a importância dos filantrópicos no Sistema Único de Saúde. “É uma rede complementar forte na construção do SUS e por isso estamos juntos daqueles que fazem a Atenção Primária, Especializada e Hospitalar em Sergipe. E aqui estamos no congresso para celebrar o segundo ano de vida da federação, que em dois anos cresceu de três para oito federados.”, salientou.

Ela explicou que a federação foi fundada com o objetivo de unir forças para melhorar a assistência à população, elevando o grau de qualidade, e sedimentar um pacto de harmonia pela não competição entre os entes. “Enquanto o Hospital de Cirurgia, por exemplo, é forte na alta complexidade cirúrgica nas linhas cardiológica, neurológica e trauma, o Hospital Santa Izabel é líder na alta complexidade no cuidado materno-infantil e o Hospital São José lidera a alta complexidade nas áreas da psiquiatria e auditiva. Então a gente se complementa, dando ao nosso paciente do SUS toda gama de serviços que prestamos”, reforçou.

No Teatro Tobias Barreto, o Conselho Nacional de Representantes Estaduais (Conares) realizou uma reunião aberta durante toda esta sexta-feira, para discutir uma série de temas de interesse dos gestores e profissionais de saúde, mas principalmente ‘Provimento Médico’ e ‘ImunizaSus’. De acordo com o coordenador técnico do Conasems, Nilo Bretas, O Conares é um espaço deliberativo, assim como a assembleia.

“Esse é um Conares temático, por isso a gente está aqui com representante da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) do Ministério da Saúde e a diretoria da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (ADAPS), já que iremos tratar da questão dio provimento médico e do Projeto Imuniza Sus”, enfatizou Bretas.

A Saúde Digital também foi tema de oficina no segundo dia do 8º Congresso Norte-Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde. O evento contou com a participação de representantes dos Cosems dos Estados de ambas as regiões, profissionais que trabalham no cotidiano junto com o Conasems em temas relacionados à Saúde Digital.

De acordo com a consultora técnica do Conasems para a área de informação em saúde, Marizélia Leão Moreira, o trabalho é direcionado para grupos específicos de sistemas de informação. “O papel do Conasems é fazer a representação da gestão municipal nas instâncias tripartite. Nós estamos presentes no Comitê Gestor de Saúde Digital e no Comitê de Informação e Informática. Nosso trabalho é o de sempre melhorar os sistemas de informação”, disse.

Os representantes dos Cosems trabalham com os representantes dos municípios e conseguem trazer a realidade de uma Unidade Básica de Saúde para o Sistema de Informação Nacional. “O usuário do SUS materializa uma política de sistemas de informação em saúde e quanto mais informações sobre essa política, maior a segurança do paciente e o engajamento no seu tratamento”, finalizou.