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Quarta-Feira, 25 de Abril de 2007 às 09:02:00
Evento discute diretrizes para plano de segurança alimentar
Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional continua nesta quarta-feira no Centro de Convenções de Sergipe

Foi aberta na noite de terça-feira, 24, no Centro de Convenções de Sergipe, a II Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. Com o tema "Por um Desenvolvimento Sustentável com Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional", o evento vai discutir diretrizes e prioridades das políticas de segurança alimentar e nutricional. A realização da conferência é do Governo do Estado, através da Secretaria da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), em parceria com o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consean).

A programação foi iniciada com apresentação cultural da Companhia de Artes Mafuá. Em seguida, o diretor do Departamento de Promoção de Sistema de Descentralização da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar, Crispim Moreira, ministrou a palestra "A política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional frente aos Anseios da Sociedade".

O governador em exercício, Belivaldo Chagas, ressaltou a importância da conferência, que tem como objetivo debater a implementação de diretrizes para o plano estadual de segurança alimentar. "Nesse evento vamos encontrar soluções para que tenhamos uma política de segurança alimentar e nutricional à altura do que deseja o Governo Marcelo Déda", disse Belivaldo, ressaltando a participação da sociedade nesse processo. Na conferência, estiveram representados assentamentos rurais, comunidades quilombolas e indígenas, entre outras. Também participaram delegados eleitos em conferências regionais para representar esses grupos.

A presidente do Consean, Mirsa Leite, explicou que foram realizadas conferências regionais por todo o Estado, reunindo comunidades e movimentos populares. "Foram eleitos 200 delegados e juntos levantamos um diagnóstico sobre a questão alimentar em Sergipe, relacionando problemas e caminhos para superá-los. Esses apontamentos servirão de base para elaboração de um documento que será encaminhado para a conferência nacional, em Fortaleza". Entre os principais itens do diagnóstico de Sergipe estão crédito para agricultura familiar e reforma agrária.

A secretária de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, Ana Lucia Menezes, disse que os direitos humanos começam com o dever do Estado de assegurar a todos condições para produzir ou ter acesso a uma alimentação saudável e nutritiva. "Para tanto, é preciso disponibilizar recursos produtivos, como terra e água, emprego, semente, crédito, tecnologia".

A secretária também reafirmou o compromisso de alocar recursos para combater a fome e a insegurança alimentar e nutricional no Estado. "Seremos agentes de execução dos programas banco de alimentos, hortas comunitárias, programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar, restaurantes populares, cozinhas populares, além de promover oficinas de educação em alimentação e nutrição. A vida do homem no campo e na cidade vai mudar no Governo Marcelo Déda", acrescentou.

Estiveram presentes à abertura da conferência o presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Adriano Martins, o secretário de Estado de Coordenação Política, Jorge Araújo, o presidente da Empresa de Serviços Urbanos de Aracaju (Emsurb), Moacir Santana, o superintendente do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), Antônio Fontenelli, a representante do Departamento de Alimentação Escolar de Sergipe, Eleonora Cerqueira, a coordenadora do programa Alimentação Segura do Senac, Joelma Campos Barros, além de prefeitos, vereadores e deputados estaduais.

Palestra

Na palestra "A política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional frente aos Anseios da Sociedade", Crispim Moreira destacou que 44% da população brasileira têm algum grau de insuficiência alimentar. Segundo ele, as políticas nacionais na área de segurança alimentar estão direcionadas para promover o acesso universal a alimentos saudáveis, além de estruturar de forma sustentável a produção, extração, processamento e distribuição de alimentos. As políticas também têm o objetivo de promover a soberania alimentar no âmbito local, regional e nacional.

A lei prioritária no combate à fome foi sancionada em setembro do ano passado e determina que o Estado crie mecanismos e ações para garantir alimentação adequada à população. São ao todo 37 programas distribuídos em 17 ministérios. Entre os programas que compõem a política nacional de segurança alimentar estão o Bolsa Família, que hoje atende a 11 milhões de famílias, construção de cisternas e a rede de proteção social. Nela estão inclusos restaurantes populares, cozinhas comunitárias, banco de alimentos, agricultura urbana e periurbana, reforma agrária e o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).

Programação

A II Conferência Estadual de Segurança Alimentar continua nesta quarta-feira, 25, a partir das 8h, com o painel "Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional - Princípios Norteadores das Ações", com o presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Adriano Martins. Às 10h35min, será apresentado o painel "O controle Social das políticas de Segurança Alimentar e Nutricional", também com Adriano Martins. Haverá ainda debates e trabalho em grupo para elaboração das propostas regionais e estadual, que passarão por votação em plenária à tarde. Por fim, haverá eleição de delegados que representarão Sergipe na Conferência Estadual.

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Evento discute diretrizes para plano de segurança alimentar
Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional continua nesta quarta-feira no Centro de Convenções de Sergipe
Quarta-Feira, 25 de Abril de 2007 às 09:02:00

Foi aberta na noite de terça-feira, 24, no Centro de Convenções de Sergipe, a II Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. Com o tema "Por um Desenvolvimento Sustentável com Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional", o evento vai discutir diretrizes e prioridades das políticas de segurança alimentar e nutricional. A realização da conferência é do Governo do Estado, através da Secretaria da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), em parceria com o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consean).

A programação foi iniciada com apresentação cultural da Companhia de Artes Mafuá. Em seguida, o diretor do Departamento de Promoção de Sistema de Descentralização da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar, Crispim Moreira, ministrou a palestra "A política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional frente aos Anseios da Sociedade".

O governador em exercício, Belivaldo Chagas, ressaltou a importância da conferência, que tem como objetivo debater a implementação de diretrizes para o plano estadual de segurança alimentar. "Nesse evento vamos encontrar soluções para que tenhamos uma política de segurança alimentar e nutricional à altura do que deseja o Governo Marcelo Déda", disse Belivaldo, ressaltando a participação da sociedade nesse processo. Na conferência, estiveram representados assentamentos rurais, comunidades quilombolas e indígenas, entre outras. Também participaram delegados eleitos em conferências regionais para representar esses grupos.

A presidente do Consean, Mirsa Leite, explicou que foram realizadas conferências regionais por todo o Estado, reunindo comunidades e movimentos populares. "Foram eleitos 200 delegados e juntos levantamos um diagnóstico sobre a questão alimentar em Sergipe, relacionando problemas e caminhos para superá-los. Esses apontamentos servirão de base para elaboração de um documento que será encaminhado para a conferência nacional, em Fortaleza". Entre os principais itens do diagnóstico de Sergipe estão crédito para agricultura familiar e reforma agrária.

A secretária de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, Ana Lucia Menezes, disse que os direitos humanos começam com o dever do Estado de assegurar a todos condições para produzir ou ter acesso a uma alimentação saudável e nutritiva. "Para tanto, é preciso disponibilizar recursos produtivos, como terra e água, emprego, semente, crédito, tecnologia".

A secretária também reafirmou o compromisso de alocar recursos para combater a fome e a insegurança alimentar e nutricional no Estado. "Seremos agentes de execução dos programas banco de alimentos, hortas comunitárias, programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar, restaurantes populares, cozinhas populares, além de promover oficinas de educação em alimentação e nutrição. A vida do homem no campo e na cidade vai mudar no Governo Marcelo Déda", acrescentou.

Estiveram presentes à abertura da conferência o presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Adriano Martins, o secretário de Estado de Coordenação Política, Jorge Araújo, o presidente da Empresa de Serviços Urbanos de Aracaju (Emsurb), Moacir Santana, o superintendente do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), Antônio Fontenelli, a representante do Departamento de Alimentação Escolar de Sergipe, Eleonora Cerqueira, a coordenadora do programa Alimentação Segura do Senac, Joelma Campos Barros, além de prefeitos, vereadores e deputados estaduais.

Palestra

Na palestra "A política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional frente aos Anseios da Sociedade", Crispim Moreira destacou que 44% da população brasileira têm algum grau de insuficiência alimentar. Segundo ele, as políticas nacionais na área de segurança alimentar estão direcionadas para promover o acesso universal a alimentos saudáveis, além de estruturar de forma sustentável a produção, extração, processamento e distribuição de alimentos. As políticas também têm o objetivo de promover a soberania alimentar no âmbito local, regional e nacional.

A lei prioritária no combate à fome foi sancionada em setembro do ano passado e determina que o Estado crie mecanismos e ações para garantir alimentação adequada à população. São ao todo 37 programas distribuídos em 17 ministérios. Entre os programas que compõem a política nacional de segurança alimentar estão o Bolsa Família, que hoje atende a 11 milhões de famílias, construção de cisternas e a rede de proteção social. Nela estão inclusos restaurantes populares, cozinhas comunitárias, banco de alimentos, agricultura urbana e periurbana, reforma agrária e o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).

Programação

A II Conferência Estadual de Segurança Alimentar continua nesta quarta-feira, 25, a partir das 8h, com o painel "Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional - Princípios Norteadores das Ações", com o presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Adriano Martins. Às 10h35min, será apresentado o painel "O controle Social das políticas de Segurança Alimentar e Nutricional", também com Adriano Martins. Haverá ainda debates e trabalho em grupo para elaboração das propostas regionais e estadual, que passarão por votação em plenária à tarde. Por fim, haverá eleição de delegados que representarão Sergipe na Conferência Estadual.