Na sessão da Assembléia Legislativa desta quinta-feira, 22, o coordenador Estadual de Defesa Civil, tenente-coronel Nailson Santos, fez uma palestra sobre a atuação do órgão em Sergipe, com as ações preventivas e emergenciais. O requerimento para a palestra sobre a Defesa Civil, ligada à Secretaria de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (SEIDS), foi do deputado Francisco Gualberto (PT). Nailson destacou a estrutura da Coordenadora Estadual de Defesa Civil (CEDEC) e a importância de um trabalho conjunto entre as esferas federal, estadual e municipal.

“A assistência, por parte do Estado, não depende só da decretação do estado de calamidade pública. Tenho 20 anos de atividade de defesa civil, como oficial do Corpo de Bombeiros, e se tem um bem que é imparcial para nós é o ser humano. O que é preciso deixar claro é a estrutura da Defesa Civil, de praticamente 30 anos, sem planejamento e condições de trabalho. Priorizamos as cidades em que acontecem as situações mais urgentes e necessárias”, explicou o coordenador.

De acordo com o deputado Francisco Gualberto, o convite foi para esclarecer o funcionamento da Defesa Civil. “Independente de haver um planejamento, de receber o órgão desestruturado, a Defesa Civil agiu imediatamente quando surgiram os episódios, fez contatos, acatou os pedidos de emergência dos municípios, ou seja, a ação do Governo do Estado se fez presente de imediato”, disse Gualberto.

O deputado Arnaldo Bispo destacou o comportamento em relação à contratação de carros-pipa para atender o sertão e a atuação da Defesa Civil no caso de emergência com as chuvas em Itabaiana. “A situação de Itabaiana é complexa e ainda não está resolvida por causa das casas no Paulo VI, por onde passa um canal. Lá, também, estamos providenciando uma Coordenadoria Municipal da Defesa Civil que proporcionará um planejamento melhor. A atuação da Defesa Civil estadual foi digna de parabéns”, afirmou Nailson Santos.

Importância

Para o tenente-coronel Naílson Santos, os assuntos abordados na Assembléia serviram para mostrar a situação em que foi encontrada a Defesa Civil e os trabalhos já realizados. “A história da Defesa Civil em Sergipe é muito resumida porque nunca houve uma preparação e as informações não eram disseminadas. Há funcionários de 20 anos no órgão que nunca fizeram um curso básico de defesa civil e que não sabem como funciona o Sistema Nacional. A Defesa Civil Nacional está há mais de 10 anos dando cursos gratuitamente e Sergipe só trouxe um curso. É fundamental o planejamento e a preparação”, afirmou.

A secretária Ana Lucia Menezes, da SEIDS, informou que, pela legislação, a Defesa Civil é uma proteção social. “É preciso dar uma configuração e uma estruturação que atendam à defesa da sociedade diante das vulnerabilidades que acontecem, em geral, diante da natureza. É preciso que existam medidas preventivas e emergenciais. Como acabamos de assumir, estamos com medidas emergenciais, mas já estruturando para medidas preventivas, priorizando a preparação continuada de todos que compõem as Defesas Civis Municipais”, disse Ana Lucia.