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Terça-Feira, 28 de Setembro de 2021 às 08:30:00
Emdagro capacita técnicos e agricultores familiares sobre agroecologia
Ao todo, 20 pessoas participaram do treinamento

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou, nos dias 21 e 23, no Centro de Desenvolvimento de Tecnologias em Agricultura Sustentável de Itabaiana, agreste sergipano, um curso de atualização em agroecologia e agricultura orgânica destinado a agricultores familiares que já trabalham na linha orgânica ou que estão dando os primeiros passos na produção sustentável. O curso faz parte de um convênio entre a Emdagro a o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que prevê, além desse, mais 17 cursos de capacitação até novembro, beneficiando, ao todo, 221 técnicos da empresa e 160 agricultores familiares no estado.

O curso foi aberto pelo diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Antônio Reis, que cumprimentou a todos e destacou a retomada das capacitações após o período de pandemia do Coronavírus (Covid-19). “Esse é um momento importante depois que passamos praticamente um ano e meio afastados devido à pandemia da Covid-19. Estamos retomando nossas capacitações presenciais para os técnicos e agricultores familiares na área de agroecologia, para que possamos difundir melhor essas inovações a fim de possibilitar ao produtor o acesso às informações de forma a consolidar, no campo, uma forma sustentável de produção”, ressaltou o diretor.

Para o agricultor de orgânico do Povoado Junco, em Areia Branca, Carlos César dos Santos, que trabalha na linha agroecológica há mais de 14 anos, todo começo é bem difícil, mas vale a pena se o agricultor tiver o apoio da Emdagro. “Quando adquiri minha propriedade, passei uns 6 anos descontaminando o solo para poder trabalhar com produção orgânica. A maior dificuldade para quem trabalha nessa linha orgânica é adquirir os insumos, mas a gente produz tudo isso na propriedade. Graças às orientações dos técnicos da Emdagro passamos a produzir de forma agroecológica e, hoje, estamos aguardando a certificação da propriedade”, disse.

Iniciando a transição da produção convencional para a agroecológica, o jovem agricultor da comunidade Garangau, em Campo do Brito, diz que sofreu influência de seu tio, que sempre trabalhou com a produção orgânica. “Tenho um tio que já trabalha com o orgânico e vejo que dá muito certo, daí estou tentando convencer meu pai a fazer a transição do cultivo tradicional para o agroecológico, porque o uso de agrotóxicos é muito prejudicial para a nossa saúde e para a população que consome, e neste curso de agroecologia que a Emdagro está promovendo vim aprender novos manejos, sobre como mudar a forma de cultivo para uma produção mais sustentável e sobre os insumos orgânicos”, reforçou.

Programação

Nos dois dias de curso, os participantes tiveram dois momentos de aprendizagem: o primeiro abordou os aspectos sobre a agricultura orgânica e agroecologia, biodiversidade e controle biológico, a importância da interação e integração animal/vegetal, apresentados pelo técnico da Emdagro, Waltenis Braga, do escritório local de Itabaiana. A seguir, os pesquisadores da Emdagro Marcelo Mendonça e Eliana Passos trataram sobre bioinsumos: classificação dos agentes biológicos, microbiológicos e macrobiológicos, fazendo, ao final do dia, uma prática de reconhecimento de fungos e bactérias patogênicas e benéficas retiradas do solo e, ainda, apresentando para os presentes os organismos micro e macrobiológicos utilizados no controle de pragas, a prática de aplicação e liberação, as fases de produção, predadores e parasitóides, a fim de que sejam diferenciados e preservados devido ao papel de controle de pragas das lavouras que exercem na natureza. Os produtores também puderam ver a criação de crisopídeos e as fases do ciclo biológico.

No segundo dia de Curso, o engenheiro agrônomo do Mapa em Sergipe, Guilherme Coda, fez uma exposição dialogada sobre os tipos de Certificação (por auditoria, certificação participativa e organizações de controle social), legislação de orgânicos e as garantias da qualidade de produtos orgânicos. Pela tarde, o técnico Waltenis discorreu sobre as experiências na região com a criação da OCS, da Cooperativa Coopersus e a respectiva criação do SPG /Opac em processo de reconhecimento pelo Mapa. A participação e o envolvimento do público foi notável, o que demonstrou a satisfação de todos com os conteúdos e a troca de conhecimentos durante os dois dias. Ao final, foram entregues certificados a todos.

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Emdagro capacita técnicos e agricultores familiares sobre agroecologia
Ao todo, 20 pessoas participaram do treinamento
Terça-Feira, 28 de Setembro de 2021 às 08:30:00

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou, nos dias 21 e 23, no Centro de Desenvolvimento de Tecnologias em Agricultura Sustentável de Itabaiana, agreste sergipano, um curso de atualização em agroecologia e agricultura orgânica destinado a agricultores familiares que já trabalham na linha orgânica ou que estão dando os primeiros passos na produção sustentável. O curso faz parte de um convênio entre a Emdagro a o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que prevê, além desse, mais 17 cursos de capacitação até novembro, beneficiando, ao todo, 221 técnicos da empresa e 160 agricultores familiares no estado.

O curso foi aberto pelo diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Antônio Reis, que cumprimentou a todos e destacou a retomada das capacitações após o período de pandemia do Coronavírus (Covid-19). “Esse é um momento importante depois que passamos praticamente um ano e meio afastados devido à pandemia da Covid-19. Estamos retomando nossas capacitações presenciais para os técnicos e agricultores familiares na área de agroecologia, para que possamos difundir melhor essas inovações a fim de possibilitar ao produtor o acesso às informações de forma a consolidar, no campo, uma forma sustentável de produção”, ressaltou o diretor.

Para o agricultor de orgânico do Povoado Junco, em Areia Branca, Carlos César dos Santos, que trabalha na linha agroecológica há mais de 14 anos, todo começo é bem difícil, mas vale a pena se o agricultor tiver o apoio da Emdagro. “Quando adquiri minha propriedade, passei uns 6 anos descontaminando o solo para poder trabalhar com produção orgânica. A maior dificuldade para quem trabalha nessa linha orgânica é adquirir os insumos, mas a gente produz tudo isso na propriedade. Graças às orientações dos técnicos da Emdagro passamos a produzir de forma agroecológica e, hoje, estamos aguardando a certificação da propriedade”, disse.

Iniciando a transição da produção convencional para a agroecológica, o jovem agricultor da comunidade Garangau, em Campo do Brito, diz que sofreu influência de seu tio, que sempre trabalhou com a produção orgânica. “Tenho um tio que já trabalha com o orgânico e vejo que dá muito certo, daí estou tentando convencer meu pai a fazer a transição do cultivo tradicional para o agroecológico, porque o uso de agrotóxicos é muito prejudicial para a nossa saúde e para a população que consome, e neste curso de agroecologia que a Emdagro está promovendo vim aprender novos manejos, sobre como mudar a forma de cultivo para uma produção mais sustentável e sobre os insumos orgânicos”, reforçou.

Programação

Nos dois dias de curso, os participantes tiveram dois momentos de aprendizagem: o primeiro abordou os aspectos sobre a agricultura orgânica e agroecologia, biodiversidade e controle biológico, a importância da interação e integração animal/vegetal, apresentados pelo técnico da Emdagro, Waltenis Braga, do escritório local de Itabaiana. A seguir, os pesquisadores da Emdagro Marcelo Mendonça e Eliana Passos trataram sobre bioinsumos: classificação dos agentes biológicos, microbiológicos e macrobiológicos, fazendo, ao final do dia, uma prática de reconhecimento de fungos e bactérias patogênicas e benéficas retiradas do solo e, ainda, apresentando para os presentes os organismos micro e macrobiológicos utilizados no controle de pragas, a prática de aplicação e liberação, as fases de produção, predadores e parasitóides, a fim de que sejam diferenciados e preservados devido ao papel de controle de pragas das lavouras que exercem na natureza. Os produtores também puderam ver a criação de crisopídeos e as fases do ciclo biológico.

No segundo dia de Curso, o engenheiro agrônomo do Mapa em Sergipe, Guilherme Coda, fez uma exposição dialogada sobre os tipos de Certificação (por auditoria, certificação participativa e organizações de controle social), legislação de orgânicos e as garantias da qualidade de produtos orgânicos. Pela tarde, o técnico Waltenis discorreu sobre as experiências na região com a criação da OCS, da Cooperativa Coopersus e a respectiva criação do SPG /Opac em processo de reconhecimento pelo Mapa. A participação e o envolvimento do público foi notável, o que demonstrou a satisfação de todos com os conteúdos e a troca de conhecimentos durante os dois dias. Ao final, foram entregues certificados a todos.