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Sexta-Feira, 05 de Janeiro de 2007 às 05:16:00
Déda rebaixa altos salários no SergipeTec
O governador de Sergipe, Marcelo Déda, rebaixou nesta sexta-feira, 5, os altos salários que recebiam os diretores do Parque Tecnológico de Sergipe (SergipeTec). Acompanhado do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Jorge Santana, Déda disse à imprensa que determinou a imediata exoneração dos membros da diretoria e a redução das remunerações para os que vão assumir os cargos.

                                                      

 

"Foi uma desagradável surpresa logo nos primeiros dias de gestão. O SergipeTec, instalado provisoriamente na avenida Maranhão, foi motivo de uma série de divergências desde quando foi anunciado na administração anterior. Agora descobrimos que o salário do presidente desse órgão era a bagatela de R$ 21 mil reais por mês, fora R$ 1.500 de ajuda-moradia. Isto era o que estava previsto para remunerar o atual deputado Alcenir Guerra, que foi o primeiro presidente do parque", declarou o governador.

 

Marcelo Déda acrescentou que outros três diretores recebiam R$ 18 mil cada, totalizando uma despesa mensal de R$ 66 mil somente com o salário da diretoria. "Isso sem somar os encargos, pois todos são contratados pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Enfim, era a mais alta remuneração do governo de Sergipe", reforçou.

 

 

 O governador frisou ainda que não questiona a importância do projeto, mas confessou que ficou surpreso com o que descobriu. "Além dos salários destoantes, descobrimos também que o SergipeTec é uma organização social e não um órgão público. Outra surpresa foi saber que a única fonte de renda são os recursos do Governo do Estado de Sergipe".

 

"Não podemos permanecer dessa forma, na mesmice, tratando o poder público como se fosse um patrimônio pessoal. Nossa intenção não é promover uma 'caça às bruxas', no entanto, não podemos tropeçar em ilegalidades e permitir que ocorram situações como essa. Assumimos o compromisso de fazer uma administração transparente", frisou o governador, anunciando que o próximo presidente do parque, José Teófilo de Miranda, receberá R$ 9 mil, valor correspondente aos demais presidentes de autarquias do Estado.

O governador disse à imprensa que pretende manter o projeto, pois acredita que a iniciativa, sendo melhorada e realizada, pode dinamizar a economia sergipana. "Conseguimos junto à bancada de Sergipe a manutenção de recursos para o parque, além de R$ 4,9 milhões junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, mas o que não podemos permitir são benefícios particulares desse tipo. Sei que existem grandes talentos, executivos brilhantes, só que esses salários não são compatíveis com a realidade local, principalmente para um órgão que não está gerando receita", finalizou Déda.

 

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Déda rebaixa altos salários no SergipeTec
O governador de Sergipe, Marcelo Déda, rebaixou nesta sexta-feira, 5, os altos salários que recebiam os diretores do Parque Tecnológico de Sergipe (SergipeTec). Acompanhado do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Jorge Santana, Déda disse à imprensa que determinou a imediata exoneração dos membros da diretoria e a redução das remunerações para os que vão assumir os cargos.
Sexta-Feira, 05 de Janeiro de 2007 às 05:16:00

                                                      

 

"Foi uma desagradável surpresa logo nos primeiros dias de gestão. O SergipeTec, instalado provisoriamente na avenida Maranhão, foi motivo de uma série de divergências desde quando foi anunciado na administração anterior. Agora descobrimos que o salário do presidente desse órgão era a bagatela de R$ 21 mil reais por mês, fora R$ 1.500 de ajuda-moradia. Isto era o que estava previsto para remunerar o atual deputado Alcenir Guerra, que foi o primeiro presidente do parque", declarou o governador.

 

Marcelo Déda acrescentou que outros três diretores recebiam R$ 18 mil cada, totalizando uma despesa mensal de R$ 66 mil somente com o salário da diretoria. "Isso sem somar os encargos, pois todos são contratados pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Enfim, era a mais alta remuneração do governo de Sergipe", reforçou.

 

 

 O governador frisou ainda que não questiona a importância do projeto, mas confessou que ficou surpreso com o que descobriu. "Além dos salários destoantes, descobrimos também que o SergipeTec é uma organização social e não um órgão público. Outra surpresa foi saber que a única fonte de renda são os recursos do Governo do Estado de Sergipe".

 

"Não podemos permanecer dessa forma, na mesmice, tratando o poder público como se fosse um patrimônio pessoal. Nossa intenção não é promover uma 'caça às bruxas', no entanto, não podemos tropeçar em ilegalidades e permitir que ocorram situações como essa. Assumimos o compromisso de fazer uma administração transparente", frisou o governador, anunciando que o próximo presidente do parque, José Teófilo de Miranda, receberá R$ 9 mil, valor correspondente aos demais presidentes de autarquias do Estado.

O governador disse à imprensa que pretende manter o projeto, pois acredita que a iniciativa, sendo melhorada e realizada, pode dinamizar a economia sergipana. "Conseguimos junto à bancada de Sergipe a manutenção de recursos para o parque, além de R$ 4,9 milhões junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, mas o que não podemos permitir são benefícios particulares desse tipo. Sei que existem grandes talentos, executivos brilhantes, só que esses salários não são compatíveis com a realidade local, principalmente para um órgão que não está gerando receita", finalizou Déda.