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Segunda-Feira, 06 de Junho de 2022 às 15:15:00
Seduc promove melhorias para qualificar atendimento do Centro de Referência em Educação Especial
O atendimento ao aluno é feito por uma equipe multidisciplinar composta por servidores da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc)

Aquisição de testes, equipamentos, mobiliários, reforma estrutural, investimento em formação continuada, além da implantação do sistema informatizado, são algumas das melhorias que vêm consolidando o trabalho do Centro de Referência em Educação Especial (Creese) no atendimento aos alunos da rede estadual. Desde sua concepção, com a finalidade de realizar avaliação biopsicossocial de estudantes que necessitam de acompanhamento no processo educacional, em razão das especificidades e particularidades inerentes à deficiência, dificuldades de aprendizagem, psicoemocionais e comportamentais, o centro busca reforçar o discurso pedagógico em suas ações.

O diretor do Creese, professor Anderson Araújo, explicou que o primeiro passo para estruturar os procedimentos padrões foi regulamentar suas diretrizes por meio de uma portaria. “Por sermos um um espaço especializado, nós precisamos ter documentos que norteiam tanto o nosso trabalho quanto o das escolas”, frisou ele, detalhando como funciona o primeiro contato do estudante com o Creese, cujo processo começa na escola, quando a equipe diretiva observa uma situação e preenche o formulário de caracterização. “Então, o aluno tem um comportamento X, a escola observa, preenche e começa a demanda. Chegando aqui, a gente faz o agendamento e em seguida o atendimento”. 

Atendimento ao aluno

O atendimento ao aluno é feito por uma equipe multidisciplinar composta por servidores da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) - pedagogo ou professor de educação básica, prioritariamente, com especialização em Psicopedagogia, Assistência Social, Fonoaudiologia e Psicologia. “Como a gente tem aplicação de instrumentos, a exemplo de testes psicológicos, de fono, o aluno já sai com data de retorno. Então o Creese, que está vinculado ao Departamento de Apoio ao Sistema Educacional, tem uma perspectiva na avaliação biopsicossocial que vai além de identificar se o estudante tem ou não tem uma deficiência. A gente entende educação especial como uma uma modalidade prevista na LDB, mas o processo de avaliação vai auxiliar mesmo a escola e vai mostrar como ela não consegue enxergar. Então, esse aluno tem um perfil em uma perspectiva psicológica, psicopedagógica, e isso vai ser muito bom porque a gente começa a conhecer esse ser humano dentro das suas capacidades e particularidades”, disse Anderson Araújo.

Ações e reforma

As ações para qualificar o atendimento no Creese perpassam por uma série de melhorias. O prédio recebeu intervenções para aprimorar a acessibilidade, além de pequenos reparos de infraestrutura e pintura, concepção de novas salas e banheiros adaptados. Também foram adquiridos novos computadores, impressoras, novos equipamentos de ar-condicionado e mobiliários.

Outra novidade é a implantação de um sistema informatizado que vai otimizar o serviço prestado à comunidade da rede estadual. “Será um sistema interligado com todas as unidades de ensino. Hoje ainda trabalhamos de uma forma manual, e com o sistema utilizaremos menos papel, e a escola poderá acompanhar esse processo em tempo real, além de podermos trabalhar nossos próprios indicadores por meio dos relatórios que serão gerados dentro da plataforma. Então, de certa forma será um sistema que nos ajudará bastante e vai melhorar nossa comunicação com as escolas”, explicou o diretor.

Avaliação

O trabalho investigativo do Creese é desenvolvido por equipe multidisciplinar, observadas as especificidades do diagnóstico individualizado. No campo da Psicologia, como explica a psicóloga Alexandra Bomfim, “são avaliados e detectados os aspectos cognitivos, emocionais e psíquicos. Dentro do que é uma estrutura psíquica no seu conviver, no seu amadurecer, além das questões que travam o aprender. A gente vai tentar orientar da melhor forma possível a escola para que lhe ofereça os recursos adequados e adaptados para essa criança que nós avaliamos. Esse é um trabalho preventivo. Quanto mais cedo detectar essas dificuldades, melhor será para que a gente possa reverter e trabalhar essa formatação, ferramentas e recursos”.

A assistente social Maria de Lourdes Menezes disse que no primeiro contato com a família é feito um acolhimento, em seguida o diagnóstico social. “Nesse momento explicamos o papel da instituição e fazemos uma entrevista social que aborda os aspectos sociais e o contexto social em que ele está inserido. A renda, a moradia, a situação educacional do aluno, a situação de saúde, as condições de saúde desse aluno, a dinâmica social e familiar, esses aspectos são fatores que vão interferir de forma direta ou indiretamente no processo de ensino aprendizagem dessa criança, desse adolescente. Nesses atendimentos são demandados acolhimento, orientações com relação aos direitos sociais, orientação dos direitos quando a criança ou adolescente é uma pessoa com deficiência”.

No campo da psicopedagogia, o atendimento está alinhado aos processos de desenvolvimento e potencialidades do aluno, especificidades e particularidades relacionadas ao tempo, ritmo e forma de aprender. De acordo com a psicopedagoga Valmira Nascimento, quando o aluno chega ao Creese, “já foi detectado o problema dele, a dificuldade de aprendizagem ou de comportamento. Após essa avaliação por cada área, a gente se reúne e faz um estudo de caso desse aluno para saber o que é que está interferindo nesse processo de aprendizagem dele, que, enfim, de repente pode ser um quadro de autismo, pode ser uma deficiência intelectual, pode ser apenas um problema emocional, um bloqueio, um sintoma”, explicou.

A avaliação também abrange o atendimento para detectar possíveis dificuldades de comunicação oral do aluno. A fonoaudióloga Clarissa Santana declarou que é observado como o aluno se comunica escrevendo, como ele se comunica falando, “se ele tem trocas na fala, se ele tem trocas na escrita e como isso impacta diretamente nos processos de comunicação desse indivíduo. Esses dados coletados na fonoaudiologia, somados aos do psicopedagogo, com psicólogo, com assistente social, a gente tenta fazer uma busca diagnóstica do aluno se for uma questão de diagnóstico ou tenta entender como é que ele está se desenvolvendo na escola. A importância de se fazer isso o mais cedo possível é fundamental para haver possibilidade de intervenção, a fim de que a escola consiga juntamente com a família e os terapeutas, que a gente também encaminha aqui, que essa criança consiga ter umuma possibilidade de evolução nas questões de aprendizagem”.

A empregada doméstica Cleidivania dos Santos, mãe do estudante Erick Daniel, da Escola Estadual Judite de Oliveira, em Aracaju, achou importante a atenção recebida pela equipe da unidade de ensino, sobretudo no encaminhamento para o Creese. “A gente vinha percebendo que ele estava com dificuldade de aprender. Ele não sabe ler, não sabe escrever, não copia do quadro. Não está falando. Aí verificamos que isso pode ser um problema. Estou muito feliz em saber que a escola está preocupada com ele e que existe serviço para tentar descobrir o que ele está passando, e como devemos proceder”, finalizou.

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Seduc promove melhorias para qualificar atendimento do Centro de Referência em Educação Especial
O atendimento ao aluno é feito por uma equipe multidisciplinar composta por servidores da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc)
Segunda-Feira, 06 de Junho de 2022 às 15:15:00

Aquisição de testes, equipamentos, mobiliários, reforma estrutural, investimento em formação continuada, além da implantação do sistema informatizado, são algumas das melhorias que vêm consolidando o trabalho do Centro de Referência em Educação Especial (Creese) no atendimento aos alunos da rede estadual. Desde sua concepção, com a finalidade de realizar avaliação biopsicossocial de estudantes que necessitam de acompanhamento no processo educacional, em razão das especificidades e particularidades inerentes à deficiência, dificuldades de aprendizagem, psicoemocionais e comportamentais, o centro busca reforçar o discurso pedagógico em suas ações.

O diretor do Creese, professor Anderson Araújo, explicou que o primeiro passo para estruturar os procedimentos padrões foi regulamentar suas diretrizes por meio de uma portaria. “Por sermos um um espaço especializado, nós precisamos ter documentos que norteiam tanto o nosso trabalho quanto o das escolas”, frisou ele, detalhando como funciona o primeiro contato do estudante com o Creese, cujo processo começa na escola, quando a equipe diretiva observa uma situação e preenche o formulário de caracterização. “Então, o aluno tem um comportamento X, a escola observa, preenche e começa a demanda. Chegando aqui, a gente faz o agendamento e em seguida o atendimento”. 

Atendimento ao aluno

O atendimento ao aluno é feito por uma equipe multidisciplinar composta por servidores da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) - pedagogo ou professor de educação básica, prioritariamente, com especialização em Psicopedagogia, Assistência Social, Fonoaudiologia e Psicologia. “Como a gente tem aplicação de instrumentos, a exemplo de testes psicológicos, de fono, o aluno já sai com data de retorno. Então o Creese, que está vinculado ao Departamento de Apoio ao Sistema Educacional, tem uma perspectiva na avaliação biopsicossocial que vai além de identificar se o estudante tem ou não tem uma deficiência. A gente entende educação especial como uma uma modalidade prevista na LDB, mas o processo de avaliação vai auxiliar mesmo a escola e vai mostrar como ela não consegue enxergar. Então, esse aluno tem um perfil em uma perspectiva psicológica, psicopedagógica, e isso vai ser muito bom porque a gente começa a conhecer esse ser humano dentro das suas capacidades e particularidades”, disse Anderson Araújo.

Ações e reforma

As ações para qualificar o atendimento no Creese perpassam por uma série de melhorias. O prédio recebeu intervenções para aprimorar a acessibilidade, além de pequenos reparos de infraestrutura e pintura, concepção de novas salas e banheiros adaptados. Também foram adquiridos novos computadores, impressoras, novos equipamentos de ar-condicionado e mobiliários.

Outra novidade é a implantação de um sistema informatizado que vai otimizar o serviço prestado à comunidade da rede estadual. “Será um sistema interligado com todas as unidades de ensino. Hoje ainda trabalhamos de uma forma manual, e com o sistema utilizaremos menos papel, e a escola poderá acompanhar esse processo em tempo real, além de podermos trabalhar nossos próprios indicadores por meio dos relatórios que serão gerados dentro da plataforma. Então, de certa forma será um sistema que nos ajudará bastante e vai melhorar nossa comunicação com as escolas”, explicou o diretor.

Avaliação

O trabalho investigativo do Creese é desenvolvido por equipe multidisciplinar, observadas as especificidades do diagnóstico individualizado. No campo da Psicologia, como explica a psicóloga Alexandra Bomfim, “são avaliados e detectados os aspectos cognitivos, emocionais e psíquicos. Dentro do que é uma estrutura psíquica no seu conviver, no seu amadurecer, além das questões que travam o aprender. A gente vai tentar orientar da melhor forma possível a escola para que lhe ofereça os recursos adequados e adaptados para essa criança que nós avaliamos. Esse é um trabalho preventivo. Quanto mais cedo detectar essas dificuldades, melhor será para que a gente possa reverter e trabalhar essa formatação, ferramentas e recursos”.

A assistente social Maria de Lourdes Menezes disse que no primeiro contato com a família é feito um acolhimento, em seguida o diagnóstico social. “Nesse momento explicamos o papel da instituição e fazemos uma entrevista social que aborda os aspectos sociais e o contexto social em que ele está inserido. A renda, a moradia, a situação educacional do aluno, a situação de saúde, as condições de saúde desse aluno, a dinâmica social e familiar, esses aspectos são fatores que vão interferir de forma direta ou indiretamente no processo de ensino aprendizagem dessa criança, desse adolescente. Nesses atendimentos são demandados acolhimento, orientações com relação aos direitos sociais, orientação dos direitos quando a criança ou adolescente é uma pessoa com deficiência”.

No campo da psicopedagogia, o atendimento está alinhado aos processos de desenvolvimento e potencialidades do aluno, especificidades e particularidades relacionadas ao tempo, ritmo e forma de aprender. De acordo com a psicopedagoga Valmira Nascimento, quando o aluno chega ao Creese, “já foi detectado o problema dele, a dificuldade de aprendizagem ou de comportamento. Após essa avaliação por cada área, a gente se reúne e faz um estudo de caso desse aluno para saber o que é que está interferindo nesse processo de aprendizagem dele, que, enfim, de repente pode ser um quadro de autismo, pode ser uma deficiência intelectual, pode ser apenas um problema emocional, um bloqueio, um sintoma”, explicou.

A avaliação também abrange o atendimento para detectar possíveis dificuldades de comunicação oral do aluno. A fonoaudióloga Clarissa Santana declarou que é observado como o aluno se comunica escrevendo, como ele se comunica falando, “se ele tem trocas na fala, se ele tem trocas na escrita e como isso impacta diretamente nos processos de comunicação desse indivíduo. Esses dados coletados na fonoaudiologia, somados aos do psicopedagogo, com psicólogo, com assistente social, a gente tenta fazer uma busca diagnóstica do aluno se for uma questão de diagnóstico ou tenta entender como é que ele está se desenvolvendo na escola. A importância de se fazer isso o mais cedo possível é fundamental para haver possibilidade de intervenção, a fim de que a escola consiga juntamente com a família e os terapeutas, que a gente também encaminha aqui, que essa criança consiga ter umuma possibilidade de evolução nas questões de aprendizagem”.

A empregada doméstica Cleidivania dos Santos, mãe do estudante Erick Daniel, da Escola Estadual Judite de Oliveira, em Aracaju, achou importante a atenção recebida pela equipe da unidade de ensino, sobretudo no encaminhamento para o Creese. “A gente vinha percebendo que ele estava com dificuldade de aprender. Ele não sabe ler, não sabe escrever, não copia do quadro. Não está falando. Aí verificamos que isso pode ser um problema. Estou muito feliz em saber que a escola está preocupada com ele e que existe serviço para tentar descobrir o que ele está passando, e como devemos proceder”, finalizou.