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Sexta-Feira, 05 de Julho de 2019 às 14:30:00
Roda de conversa promove troca de experiências sobre educação de alunos surdocegos
Participaram do evento professores de salas de recursos, alunos e técnicos pedagógicos

Na manhã desta sexta-feira (05), foi realizada uma roda de conversa promovida pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), no Auditório Professora Maria Hermínia Caldas, na sede da Seduc. Professores de salas de recursos, alunos e técnicos pedagógicos debateram e trocaram experiências sobre os seus trabalhos junto aos alunos surdocegos em suas unidades de ensino, visando buscar melhores práticas pedagógicas para atender a esse público específico.

Antônio Jeferson (um dos 41 alunos com necessidades especiais da escola), participou do encontro acompanhado da professora da sala de recursos da Escola Estadual Senador Leite Neto, Maria Cláudia de Jesus Silva, que destacou que o momento serviu como uma troca de experiências entre educadores que trabalham com a modalidade de Educação Especial, e levou reflexões sobre o "Dia Mundial da Pessoa Surdocega", comemorado em 27 de junho.

Para o aluno, a capacitação só fez ajudá-lo. "Curso o 8º ano e já estou há um bom tempo sem repetência. Além disso, estou inserido em oficinas pedagógicas que a escola promove. Graças a esse apoio, evoluí bastante”, descreveu Antônio. 

De acordo com a coordenadora da Divisão de Educação Especial (Dieesp), Lilian Alves Moura de Jesus, essa é a terceira roda de conversa deste ano. Ela destacou que o principal objetivo é fomentar a discussão sobre o tema e a busca por esses alunos.

As edições anteriores debateram os temas Autismo e Língua Brasileira de Sinais. “No último Consolidado de 2018 da Dieesp, apenas um aluno surdocego foi matriculado nas escolas da rede estadual. A gente quer desenvolver a discussão sobre o tema e a busca por esses alunos. Sabemos que eles existem, e que precisam estar inseridos no ambiente escolar. Temos atualmente no Estado 116 salas de recursos que direcionam todo o trabalho de atendimento à pessoa com deficiência dentro da rede estadual de ensino”, explicou, relatando ainda que “Consolidado” é um instrumental que a Dieesp lança para que as escolas preencham e possam identificar os tipos de deficiência dos alunos.

A diretora do Serviço de Educação em Direitos Humanos da Seduc, Adriane Damascena, explicou que a roda de conversa é a continuidade de uma proposta de discussão com a comunidade sobre as temáticas de educação inclusiva e suas deficiências. “Queremos sensibilizar, discutir e colocar em pauta as demandas desse público na escola. Esses encontros são bons para que os professores de salas de recursos possam trocar ideias, e assim, ficarão atualizados. É um momento de pensar soluções para esse atendimento dado pela Seduc às escolas”, concluiu.

Roda de conversa

Durante a roda de conversa, alguns educadores que trabalham com alunos surdocegos falaram sobre o tema e compartilharam experiências.

Alda Valéria Santos de Melo é coordenadora pedagógica da Escola Estadual 11 de Agosto, em Aracaju, unidade de ensino que atende à 138 alunos com algum tipo de deficiência, desde surdocegueira, deficiência intelectual, paralisia cerebral, surdez, entre outras.

A coordenadora ministrou uma palestra sobre a terminologia “surdocegueira” e a implantação do Projeto de Formação de Professores em Sergipe. “Temos que pensar sempre na formação continuada de professores. Esse é um tema que está sendo pouco abordado. Precisamos começar a pensar mais nisso, discutir e encontrar estudantes com este perfil,pois muitos estão fora da escola. A gente quer debater a prática pedagógica, como identificar, atender, e encaminhar esses mesmos alunos”, declarou.

Maria Cláudia de Jesus Silva, da Escola Estadual Senador Leite Neto, falou sobre a importância da roda de conversa e a relevância do tema. “A surdocegueira é um tema novo, e nós temos que dar qualidade e respeito aos alunos com deficiência, que têm o direito à aprendizagem. Essa formação é primordial, porque quanto mais o professor tiver conhecimento sobre a surdocegueira, mais a educação fica verdadeiramente positiva”. 

Também professora de sala de recursos, Rosa Karla Cardoso Almeida, ensina no Centro de Excelência Professora Maria Ivanda de Carvalho Nascimento, em Aracaju. Ela já tem uma experiência de 15 anos com Educação Especial e atualmente trabalha com 20 alunos, entre os matriculados na unidade de ensino e alguns da própria comunidade escolar.

“Um encontro como esse sempre traz novidades, e é uma oportunidade de a gente debater algumas dificuldades que sentimos nos atendimentos. Além disso, a gente adquire mais conhecimentos socializando experiências com outros colegas profissionais que atuam na área. O Estado de Sergipe disponibiliza salas de recurso na rede de ensino que são essenciais, porque é um suporte muito importante para facilitar a inclusão”, avaliou Rosa. 

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Roda de conversa promove troca de experiências sobre educação de alunos surdocegos
Participaram do evento professores de salas de recursos, alunos e técnicos pedagógicos
Sexta-Feira, 05 de Julho de 2019 às 14:30:00

Na manhã desta sexta-feira (05), foi realizada uma roda de conversa promovida pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), no Auditório Professora Maria Hermínia Caldas, na sede da Seduc. Professores de salas de recursos, alunos e técnicos pedagógicos debateram e trocaram experiências sobre os seus trabalhos junto aos alunos surdocegos em suas unidades de ensino, visando buscar melhores práticas pedagógicas para atender a esse público específico.

Antônio Jeferson (um dos 41 alunos com necessidades especiais da escola), participou do encontro acompanhado da professora da sala de recursos da Escola Estadual Senador Leite Neto, Maria Cláudia de Jesus Silva, que destacou que o momento serviu como uma troca de experiências entre educadores que trabalham com a modalidade de Educação Especial, e levou reflexões sobre o "Dia Mundial da Pessoa Surdocega", comemorado em 27 de junho.

Para o aluno, a capacitação só fez ajudá-lo. "Curso o 8º ano e já estou há um bom tempo sem repetência. Além disso, estou inserido em oficinas pedagógicas que a escola promove. Graças a esse apoio, evoluí bastante”, descreveu Antônio. 

De acordo com a coordenadora da Divisão de Educação Especial (Dieesp), Lilian Alves Moura de Jesus, essa é a terceira roda de conversa deste ano. Ela destacou que o principal objetivo é fomentar a discussão sobre o tema e a busca por esses alunos.

As edições anteriores debateram os temas Autismo e Língua Brasileira de Sinais. “No último Consolidado de 2018 da Dieesp, apenas um aluno surdocego foi matriculado nas escolas da rede estadual. A gente quer desenvolver a discussão sobre o tema e a busca por esses alunos. Sabemos que eles existem, e que precisam estar inseridos no ambiente escolar. Temos atualmente no Estado 116 salas de recursos que direcionam todo o trabalho de atendimento à pessoa com deficiência dentro da rede estadual de ensino”, explicou, relatando ainda que “Consolidado” é um instrumental que a Dieesp lança para que as escolas preencham e possam identificar os tipos de deficiência dos alunos.

A diretora do Serviço de Educação em Direitos Humanos da Seduc, Adriane Damascena, explicou que a roda de conversa é a continuidade de uma proposta de discussão com a comunidade sobre as temáticas de educação inclusiva e suas deficiências. “Queremos sensibilizar, discutir e colocar em pauta as demandas desse público na escola. Esses encontros são bons para que os professores de salas de recursos possam trocar ideias, e assim, ficarão atualizados. É um momento de pensar soluções para esse atendimento dado pela Seduc às escolas”, concluiu.

Roda de conversa

Durante a roda de conversa, alguns educadores que trabalham com alunos surdocegos falaram sobre o tema e compartilharam experiências.

Alda Valéria Santos de Melo é coordenadora pedagógica da Escola Estadual 11 de Agosto, em Aracaju, unidade de ensino que atende à 138 alunos com algum tipo de deficiência, desde surdocegueira, deficiência intelectual, paralisia cerebral, surdez, entre outras.

A coordenadora ministrou uma palestra sobre a terminologia “surdocegueira” e a implantação do Projeto de Formação de Professores em Sergipe. “Temos que pensar sempre na formação continuada de professores. Esse é um tema que está sendo pouco abordado. Precisamos começar a pensar mais nisso, discutir e encontrar estudantes com este perfil,pois muitos estão fora da escola. A gente quer debater a prática pedagógica, como identificar, atender, e encaminhar esses mesmos alunos”, declarou.

Maria Cláudia de Jesus Silva, da Escola Estadual Senador Leite Neto, falou sobre a importância da roda de conversa e a relevância do tema. “A surdocegueira é um tema novo, e nós temos que dar qualidade e respeito aos alunos com deficiência, que têm o direito à aprendizagem. Essa formação é primordial, porque quanto mais o professor tiver conhecimento sobre a surdocegueira, mais a educação fica verdadeiramente positiva”. 

Também professora de sala de recursos, Rosa Karla Cardoso Almeida, ensina no Centro de Excelência Professora Maria Ivanda de Carvalho Nascimento, em Aracaju. Ela já tem uma experiência de 15 anos com Educação Especial e atualmente trabalha com 20 alunos, entre os matriculados na unidade de ensino e alguns da própria comunidade escolar.

“Um encontro como esse sempre traz novidades, e é uma oportunidade de a gente debater algumas dificuldades que sentimos nos atendimentos. Além disso, a gente adquire mais conhecimentos socializando experiências com outros colegas profissionais que atuam na área. O Estado de Sergipe disponibiliza salas de recurso na rede de ensino que são essenciais, porque é um suporte muito importante para facilitar a inclusão”, avaliou Rosa.