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Quinta-Feira, 02 de Dezembro de 2021 às 14:00:00
Estudantes da Rede Pública de Ensino assistem espetáculo "Um Quê de Negritude"
O projeto é desenvolvido pelos professores, estudantes e colaboradores do Centro de Excelência Atheneu Sergipense

Alunos da Rede Pública de Ensino de Sergipe assistiram, na tarde da terça-feira(30), no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju, ao espetáculo “Um Quê de Negritude - Esin Onde a fé ensina a amar”, projeto desenvolvido pelos professores, estudantes e colaboradores do Centro de Excelência Atheneu Sergipense.

No palco, o griot, um velho sábio que percorre o mundo, conta as histórias do passado do seu povo, levando às futuras gerações a memória dos tempos que não voltam mais. O personagem interpretado pelo professor do Departamento de Museologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Fernando Aguiar, convidado para compor o elenco, carrega a missão de fazer uma análise a partir da contribuição das diversas religiões existentes, tomando como referência o judaísmo, cristianismo, candomblé e as religiões orientais.

É nessa perspectiva que o projeto fundado no Atheneu Sergipense surgiu, explica a idealizadora, Clélia Ramos. Segundo ela, o objetivo é difundir e divulgar a lei 10.639/2003 e a lei 11.645/2008, as quais versam sobre a obrigatoriedade do ensino da cultura afro e da cultura indígena, respectivamente, nas escolas da rede pública. Depois de 2019, esta é a primeira vez que o grupo volta a se apresentar.

“Esse momento de retomada é um pouco complicado por conta da pandemia, estamos retomando aos poucos, tanto que hoje a quantidade foi limitada aqui no teatro. A peça veio com uma roupagem nova em relação à de 2019. O espetáculo é o mesmo, mas corrigimos algumas falhas e acrescentamos outras coisas. Esin é um termo em iorubá que significa religião e, “onde a fé ensina a amar” significa que independentemente de sua religião, ame”, explicou Clélia Ramos.

O espetáculo, que dura pouco mais de duas horas, é composto por um roteiro dinâmico de perfórmances das representatividades das religiões, cuja origem remonta a história dos escravos, por meio dos orixás; da santíssima trindade, com a Santa Ceia; do menino Jesus e seus apóstolos; e, convoca o público à reflexão sobre a intolerância religiosa presente nos dias atuais.

Para alguns, a abordagem do tema e da peça é nova. Esse é o caso dos três amigos que estudam no Colégio Estadual Olavo Bilac, no bairro Santos Dumont, em Aracaju. Para Rafaela Macedo de Jesus, do 8º ano, o espetáculo apresenta uma novidade, já que não conhece as diversas religiões relatadas durante a peça. “É a primeira vez que estou assistindo a algo assim; então é novo, mas é interessante aprender”, disse.

A jovem Letícia Taviny Santos Menezes, também do 8º ano, compareceu ao teatro juntamente com os colegas e gostou do que viu. “É diferente. Quando a professora convidou pensei em um desenho. Cheguei aqui e são artistas e dançarinos contando uma história bem legal”, comentou. Já o colega Marcos Vinícius Oliveira, do 1º ano, logo afirmou tratar-se da consciência negra.”Esse espetáculo fala de consciência negra, quer mostrar para nós que devemos respeitar todas as religiões, e é muito bom poder ver a peça e saber que outras pessoas também irão ver e aprender também”, concluiu.

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Estudantes da Rede Pública de Ensino assistem espetáculo "Um Quê de Negritude"
O projeto é desenvolvido pelos professores, estudantes e colaboradores do Centro de Excelência Atheneu Sergipense
Quinta-Feira, 02 de Dezembro de 2021 às 14:00:00

Alunos da Rede Pública de Ensino de Sergipe assistiram, na tarde da terça-feira(30), no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju, ao espetáculo “Um Quê de Negritude - Esin Onde a fé ensina a amar”, projeto desenvolvido pelos professores, estudantes e colaboradores do Centro de Excelência Atheneu Sergipense.

No palco, o griot, um velho sábio que percorre o mundo, conta as histórias do passado do seu povo, levando às futuras gerações a memória dos tempos que não voltam mais. O personagem interpretado pelo professor do Departamento de Museologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Fernando Aguiar, convidado para compor o elenco, carrega a missão de fazer uma análise a partir da contribuição das diversas religiões existentes, tomando como referência o judaísmo, cristianismo, candomblé e as religiões orientais.

É nessa perspectiva que o projeto fundado no Atheneu Sergipense surgiu, explica a idealizadora, Clélia Ramos. Segundo ela, o objetivo é difundir e divulgar a lei 10.639/2003 e a lei 11.645/2008, as quais versam sobre a obrigatoriedade do ensino da cultura afro e da cultura indígena, respectivamente, nas escolas da rede pública. Depois de 2019, esta é a primeira vez que o grupo volta a se apresentar.

“Esse momento de retomada é um pouco complicado por conta da pandemia, estamos retomando aos poucos, tanto que hoje a quantidade foi limitada aqui no teatro. A peça veio com uma roupagem nova em relação à de 2019. O espetáculo é o mesmo, mas corrigimos algumas falhas e acrescentamos outras coisas. Esin é um termo em iorubá que significa religião e, “onde a fé ensina a amar” significa que independentemente de sua religião, ame”, explicou Clélia Ramos.

O espetáculo, que dura pouco mais de duas horas, é composto por um roteiro dinâmico de perfórmances das representatividades das religiões, cuja origem remonta a história dos escravos, por meio dos orixás; da santíssima trindade, com a Santa Ceia; do menino Jesus e seus apóstolos; e, convoca o público à reflexão sobre a intolerância religiosa presente nos dias atuais.

Para alguns, a abordagem do tema e da peça é nova. Esse é o caso dos três amigos que estudam no Colégio Estadual Olavo Bilac, no bairro Santos Dumont, em Aracaju. Para Rafaela Macedo de Jesus, do 8º ano, o espetáculo apresenta uma novidade, já que não conhece as diversas religiões relatadas durante a peça. “É a primeira vez que estou assistindo a algo assim; então é novo, mas é interessante aprender”, disse.

A jovem Letícia Taviny Santos Menezes, também do 8º ano, compareceu ao teatro juntamente com os colegas e gostou do que viu. “É diferente. Quando a professora convidou pensei em um desenho. Cheguei aqui e são artistas e dançarinos contando uma história bem legal”, comentou. Já o colega Marcos Vinícius Oliveira, do 1º ano, logo afirmou tratar-se da consciência negra.”Esse espetáculo fala de consciência negra, quer mostrar para nós que devemos respeitar todas as religiões, e é muito bom poder ver a peça e saber que outras pessoas também irão ver e aprender também”, concluiu.