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Segunda-Feira, 30 de Maio de 2022 às 15:00:00
Diálogo com o secretário: diretores compartilham experiências e estratégias com foco nos indicadores pedagógicos
Objetivo da ação é apresentar os indicadores escolares de cada uma das unidades de ensino situadas nos territórios visitados

Nesta sexta-feira, 27, os gestores escolares das unidades circunscritas às Diretorias Regionais de Educação 5, 7, 8 e 9, localizadas nos territórios do Médio e Alto Sertão sergipanos, e Grande Aracaju, participaram do ‘Diálogos com o secretário’, promovida pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc). Uma oportunidade criada pelo secretário da pasta Josué Modesto dos Passos Subrinho, para apresentar os indicadores escolares de cada uma das unidades de ensino situadas nos territórios mencionados. 

A ação faz parte do 3º ciclo de encontros, e além dos diretores escolares, contou com a participação dos diretores das regionais mencionadas: João Luiz Andrade Dória (DRE 05), Elaine Melo (DRE 07), Marleide Araújo (DRE 08) e Meire da Silva (DRE 09), bem como o chefe da Assessoria do Desenvolvimento Institucional e Monitoramento de Políticas Educacionais (ADIMPTE/Seduc), professor Cláudio Macedo.

Como de costume, o secretário Josué Modesto iniciou as reuniões apresentando o conceito de uma “escola boa”, cujo pressuposto atende a alguns critérios de indicadores pedagógicos. “Uma escola boa teria que ter, necessariamente, um índice de zero por cento na distorção idade-série e de número de alunos em risco escolar; além de apresentar cem por cento dos diários eletrônicos preenchidos; e cem por cento dos alunos do 2º ano em níveis aceitáveis de leitura”, disse. Um dos principais pontos apresentados pelo secretário foram os dados da distorção idade-série na rede estadual.

“Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, em 2019, Sergipe ocupava o 19º lugar na distorção idade-série, passando para a 16ª posição em 2021. No ano atual, até o mês de maio, estamos apenas com 9% dos nossos alunos nessa situação. Tivemos uma evolução animadora e esperamos continuar”, declarou Josué Modesto. Ele também mostrou o progresso desses índices nos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Para o professor Josué Modesto, três motivos principais levaram a rede estadual a melhorar a distorção idade-série: o número de alunos matriculados no programa Sergipe na Idade Certa (que em 2019 estava em 2% e agora está em 43%), os alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (que saltou de 56% em 2019 para 69% em maio deste ano), e o número de estudantes no Ensino Médio em Tempo Integral (que em 2019 era de 15% e agora está em 27%).

Com o objetivo de avaliar os indicadores pedagógicos junto aos diretores das DRE’s e aos diretores escolares, o secretário também promoveu um momento de reflexão das metas e das ações a serem empreendidas pelas unidades de ensino.

No Colégio Quilombola 27 de Maio, localizado no povoado Mucambo, em Porto da Folha, o diretor Lucivan Souza, compartilhou com os colegas a realidade de famílias com pouco letramento. Segundo ele, durante a pandemia de Covid-19 os alunos potencializaram a dificuldade de leitura em função da falta de acompanhamento dos pais que em maioria não sabem ler ou escrever.

“Para tentar diminuir essa realidade, desenvolvemos o projeto Mucambo Lê, que engloba o aluno com dificuldade de leitura e também os pais que não sabem ler. É uma forma de tentar resolver esse problema de fluência, até porque com a pandemia os pais não conseguiram ajudar os filhos justamente por não saberem ler”, explicou.

Durante o ciclo de encontros com o secretário Josué Modesto, os diretores também apresentaram as estratégias para cessar a falta de preenchimento do diário eletrônico. A diretora Valdenice Borges, da Escola Estadual Cônego Filadelfo Oliveira, em Laranjeiras, por exemplo, tem realizado o monitoramento semanal.

“Aqui na escola estamos fazendo o monitoramento semanal e ainda visitamos as salas de aula no momento da chamada para tirar qualquer dúvida. Temos o apoio do professor quando percebemos a falta de estudantes, que nos avisam e nós buscamos entender a falta desse aluno na sala”, disse.

O professor Manoel Henrique Santos Silva Jr, diretor do Centro de Excelência Dr. Alcides Pereira, unidade que oferta o Ensino Integral no município de Maruim, irá realizar o dia D, com a finalidade de preencher os diários eletrônicos em atraso. “Vamos realizar o dia D no laboratório da escola para tentar sanar o problema com relação ao preenchimento do diário eletrônico. Além desse mutirão continuamos conversando pessoalmente com os professores. Também contamos com a ajuda dos alunos que compreendem a importância de preencher o diário”.

Uma das estratégias do Centro de Excelência Dom Juvência de Brito, unidade que oferta Ensino Integral em Canindé do São Francisco, de acordo com a coordenadora Edna Rocha, é contar com o apoio e a ajuda dos estudantes. “Nós conseguimos manter uma comunicação direta com os estudantes quando eles precisam faltar, pois tanto eles nos avisam quanto os colegas que têm conhecimento passam a informação também. Isso faz com que possamos justificar essa falta e dessa forma diminuir o indicador de risco escolar por falta, já que sabemos que aquela falta é justificada”, mencionou.

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Diálogo com o secretário: diretores compartilham experiências e estratégias com foco nos indicadores pedagógicos
Objetivo da ação é apresentar os indicadores escolares de cada uma das unidades de ensino situadas nos territórios visitados
Segunda-Feira, 30 de Maio de 2022 às 15:00:00

Nesta sexta-feira, 27, os gestores escolares das unidades circunscritas às Diretorias Regionais de Educação 5, 7, 8 e 9, localizadas nos territórios do Médio e Alto Sertão sergipanos, e Grande Aracaju, participaram do ‘Diálogos com o secretário’, promovida pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc). Uma oportunidade criada pelo secretário da pasta Josué Modesto dos Passos Subrinho, para apresentar os indicadores escolares de cada uma das unidades de ensino situadas nos territórios mencionados. 

A ação faz parte do 3º ciclo de encontros, e além dos diretores escolares, contou com a participação dos diretores das regionais mencionadas: João Luiz Andrade Dória (DRE 05), Elaine Melo (DRE 07), Marleide Araújo (DRE 08) e Meire da Silva (DRE 09), bem como o chefe da Assessoria do Desenvolvimento Institucional e Monitoramento de Políticas Educacionais (ADIMPTE/Seduc), professor Cláudio Macedo.

Como de costume, o secretário Josué Modesto iniciou as reuniões apresentando o conceito de uma “escola boa”, cujo pressuposto atende a alguns critérios de indicadores pedagógicos. “Uma escola boa teria que ter, necessariamente, um índice de zero por cento na distorção idade-série e de número de alunos em risco escolar; além de apresentar cem por cento dos diários eletrônicos preenchidos; e cem por cento dos alunos do 2º ano em níveis aceitáveis de leitura”, disse. Um dos principais pontos apresentados pelo secretário foram os dados da distorção idade-série na rede estadual.

“Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, em 2019, Sergipe ocupava o 19º lugar na distorção idade-série, passando para a 16ª posição em 2021. No ano atual, até o mês de maio, estamos apenas com 9% dos nossos alunos nessa situação. Tivemos uma evolução animadora e esperamos continuar”, declarou Josué Modesto. Ele também mostrou o progresso desses índices nos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Para o professor Josué Modesto, três motivos principais levaram a rede estadual a melhorar a distorção idade-série: o número de alunos matriculados no programa Sergipe na Idade Certa (que em 2019 estava em 2% e agora está em 43%), os alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (que saltou de 56% em 2019 para 69% em maio deste ano), e o número de estudantes no Ensino Médio em Tempo Integral (que em 2019 era de 15% e agora está em 27%).

Com o objetivo de avaliar os indicadores pedagógicos junto aos diretores das DRE’s e aos diretores escolares, o secretário também promoveu um momento de reflexão das metas e das ações a serem empreendidas pelas unidades de ensino.

No Colégio Quilombola 27 de Maio, localizado no povoado Mucambo, em Porto da Folha, o diretor Lucivan Souza, compartilhou com os colegas a realidade de famílias com pouco letramento. Segundo ele, durante a pandemia de Covid-19 os alunos potencializaram a dificuldade de leitura em função da falta de acompanhamento dos pais que em maioria não sabem ler ou escrever.

“Para tentar diminuir essa realidade, desenvolvemos o projeto Mucambo Lê, que engloba o aluno com dificuldade de leitura e também os pais que não sabem ler. É uma forma de tentar resolver esse problema de fluência, até porque com a pandemia os pais não conseguiram ajudar os filhos justamente por não saberem ler”, explicou.

Durante o ciclo de encontros com o secretário Josué Modesto, os diretores também apresentaram as estratégias para cessar a falta de preenchimento do diário eletrônico. A diretora Valdenice Borges, da Escola Estadual Cônego Filadelfo Oliveira, em Laranjeiras, por exemplo, tem realizado o monitoramento semanal.

“Aqui na escola estamos fazendo o monitoramento semanal e ainda visitamos as salas de aula no momento da chamada para tirar qualquer dúvida. Temos o apoio do professor quando percebemos a falta de estudantes, que nos avisam e nós buscamos entender a falta desse aluno na sala”, disse.

O professor Manoel Henrique Santos Silva Jr, diretor do Centro de Excelência Dr. Alcides Pereira, unidade que oferta o Ensino Integral no município de Maruim, irá realizar o dia D, com a finalidade de preencher os diários eletrônicos em atraso. “Vamos realizar o dia D no laboratório da escola para tentar sanar o problema com relação ao preenchimento do diário eletrônico. Além desse mutirão continuamos conversando pessoalmente com os professores. Também contamos com a ajuda dos alunos que compreendem a importância de preencher o diário”.

Uma das estratégias do Centro de Excelência Dom Juvência de Brito, unidade que oferta Ensino Integral em Canindé do São Francisco, de acordo com a coordenadora Edna Rocha, é contar com o apoio e a ajuda dos estudantes. “Nós conseguimos manter uma comunicação direta com os estudantes quando eles precisam faltar, pois tanto eles nos avisam quanto os colegas que têm conhecimento passam a informação também. Isso faz com que possamos justificar essa falta e dessa forma diminuir o indicador de risco escolar por falta, já que sabemos que aquela falta é justificada”, mencionou.