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Terça-Feira, 13 de Fevereiro de 2007 às 02:00:00
Aperipê devolve o nome de Santos Mendonça a seu auditório
O auditório da Fundação Aperipê (Fundap) voltou a se chamar ?Santos Mendonça?, homenagem ao radialista que criou um estilo, inovou e marcou época no rádio sergipano.

O auditório da Fundação Aperipê (Fundap) voltou a se chamar "Santos Mendonça", homenagem ao radialista que criou um estilo, inovou e marcou época no rádio sergipano. Numa solenidade que reuniu radialistas, jornalistas, artistas e parentes do homenageado, a presidente da Fundap, Indira Amaral, descerrou, na manhã desta terça-feira, 13, a placa que homenageia Santos Mendonça. "Esta é uma justa homenagem a um ícone do rádio em Sergipe e um funcionário exemplar das emissoras Aperipê", disse.

No governo passado, o nome do auditório foi trocado de Santos Mendonça para Marlene Calumby, que era a diretora-presidente da Aperipê à época. Em janeiro deste ano, o presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe, Antônio Barbosa, reivindicou à nova direção da Aperipê que restaurasse a antiga denominação do auditório. "Não se trata de revanchismo, mas de um ato de justiça para com um homem que honrou o rádio sergipano", afirmou Barbosa, ao discursar na cerimônia desta terça-feira.

Filha de Santos Mendonça, Zênia Mendonça agradeceu a homenagem. "É um reconhecimento da Aperipê à importância do trabalho feito pelo meu pai numa época em que não havia os recursos de hoje", disse ela. "Santos Mendonça era apaixonado pelo que fazia. Foi um pai afetuoso e um profissional dedicado. Não consigo imaginar meu pai sem o microfone", acrescentou Zênia, que falou em nome da família.

Além de renomear o auditório, a nova direção da Aperipê organizou uma exposição de fotos e objetos que pertenceram a Santos Mendonça. As fotos, em preto-e-branco, mostram a fase áurea da carreira do radialista, fazendo entrevistas e comandando programas de auditório. Também fazem parte da exposição a máquina de datilografia Olimpia em que ele escrevia, o rádio Semp que ele doou à Aperipê e o livro de crônicas "Zigue-Zag", de sua autoria, lançado em 1985.

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Nascido na Barra dos Coqueiros, Santos Mendonça começou a carreira na década de 1940 na Rádio Difusora, mas foi na Rádio Liberdade que emplacou, em meados da década de 1950, o seu maior sucesso no rádio, o programa "Calendário". Voltado para notícias, entrevistas e serviços, o programa foi o pioneiro do gênero no rádio sergipano. Alçado à política pela fama do rádio, Santos Mendonça foi vereador por Aracaju e deputado estadual. Filiado à UDN, terminou cassado pela ditadura militar em 1968, quando exercia a presidência da Assembléia Legislativa do Estado. Morreu em 1991, de infarto, aos 72 anos.

"Que o exemplo de trabalho e profissionalismo de Santos Mendonça seja o referencial para esse momento novo, de mudanças e desafios, que vivemos hoje na Aperipê e em Sergipe", afirmou Indira Maral, para quem a grande lição do radialista pode ser extraída de uma de suas frases preferidas: "Digam sempre a verdade, nunca enganem o povo".

Fotos: Janaína Santos/ASNReprodução - na foto, Santos Mendonça e Ângela Maria

   
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Aperipê devolve o nome de Santos Mendonça a seu auditório
O auditório da Fundação Aperipê (Fundap) voltou a se chamar ?Santos Mendonça?, homenagem ao radialista que criou um estilo, inovou e marcou época no rádio sergipano.
Terça-Feira, 13 de Fevereiro de 2007 às 02:00:00

O auditório da Fundação Aperipê (Fundap) voltou a se chamar "Santos Mendonça", homenagem ao radialista que criou um estilo, inovou e marcou época no rádio sergipano. Numa solenidade que reuniu radialistas, jornalistas, artistas e parentes do homenageado, a presidente da Fundap, Indira Amaral, descerrou, na manhã desta terça-feira, 13, a placa que homenageia Santos Mendonça. "Esta é uma justa homenagem a um ícone do rádio em Sergipe e um funcionário exemplar das emissoras Aperipê", disse.

No governo passado, o nome do auditório foi trocado de Santos Mendonça para Marlene Calumby, que era a diretora-presidente da Aperipê à época. Em janeiro deste ano, o presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe, Antônio Barbosa, reivindicou à nova direção da Aperipê que restaurasse a antiga denominação do auditório. "Não se trata de revanchismo, mas de um ato de justiça para com um homem que honrou o rádio sergipano", afirmou Barbosa, ao discursar na cerimônia desta terça-feira.

Filha de Santos Mendonça, Zênia Mendonça agradeceu a homenagem. "É um reconhecimento da Aperipê à importância do trabalho feito pelo meu pai numa época em que não havia os recursos de hoje", disse ela. "Santos Mendonça era apaixonado pelo que fazia. Foi um pai afetuoso e um profissional dedicado. Não consigo imaginar meu pai sem o microfone", acrescentou Zênia, que falou em nome da família.

Além de renomear o auditório, a nova direção da Aperipê organizou uma exposição de fotos e objetos que pertenceram a Santos Mendonça. As fotos, em preto-e-branco, mostram a fase áurea da carreira do radialista, fazendo entrevistas e comandando programas de auditório. Também fazem parte da exposição a máquina de datilografia Olimpia em que ele escrevia, o rádio Semp que ele doou à Aperipê e o livro de crônicas "Zigue-Zag", de sua autoria, lançado em 1985.

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Nascido na Barra dos Coqueiros, Santos Mendonça começou a carreira na década de 1940 na Rádio Difusora, mas foi na Rádio Liberdade que emplacou, em meados da década de 1950, o seu maior sucesso no rádio, o programa "Calendário". Voltado para notícias, entrevistas e serviços, o programa foi o pioneiro do gênero no rádio sergipano. Alçado à política pela fama do rádio, Santos Mendonça foi vereador por Aracaju e deputado estadual. Filiado à UDN, terminou cassado pela ditadura militar em 1968, quando exercia a presidência da Assembléia Legislativa do Estado. Morreu em 1991, de infarto, aos 72 anos.

"Que o exemplo de trabalho e profissionalismo de Santos Mendonça seja o referencial para esse momento novo, de mudanças e desafios, que vivemos hoje na Aperipê e em Sergipe", afirmou Indira Maral, para quem a grande lição do radialista pode ser extraída de uma de suas frases preferidas: "Digam sempre a verdade, nunca enganem o povo".

Fotos: Janaína Santos/ASNReprodução - na foto, Santos Mendonça e Ângela Maria