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Sexta-Feira, 12 de Julho de 2019 às 14:00:00
Escolas de ensino em tempo integral encerram participação no curso sobre Mediação de Conflitos
Formação foi realizada através de uma parceria entre a Seduc e a Unimed

Gestores, coordenadores pedagógicos, coordenadores administrativo-financeiros e professores de Projeto de Vida das 41 escolas da Rede Estadual de Educação que ofertam a modalidade de Ensino Médio em Tempo Integral encerram nesta sexta-feira, 12, a participação na formação continuada “Mediação de Conflitos: Restaurando Relações no Ambiente Escolar”, cujo objetivo é ampliar e dimensionar as potencialidades de utilização dos círculos restaurativos nessas unidades de ensino.

O curso teve início na última terça-feira (09) e foi promovido pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), em parceria com a Unimed. Dentro da Seduc, a formação envolveu uma equipe intersetorial, envolvendo o Departamento de Educação (DED), por meio do Serviço de Educação em Direitos Humanos (SEDH)/Núcleo de Prevenção à Violência (NPV), e Núcleo Gestor das Escolas de Tempo Integral (NGETI).

A formação contou com três momentos, divididos por Diretorias Regionais de Educação, e em cada um dos encontros houve a participação dos gestores, coordenadores pedagógicos, coordenadores administrativo-financeiros e professores de Projeto de Vida.

A chefe do Serviço de Educação em Direitos Humanos (SEDH), Adriane Damascena, destacou que um curso de mediação de conflitos contribui na efetivação de práticas restaurativas das relações nas escolas e, ao mesmo tempo, na restauração do potencial de aprendizagem dos estudantes. 

“É necessário um esforço coletivo da própria comunidade escolar nas suas diversas extensões. Do mesmo modo, é preciso que diferentes instâncias da educação estabeleçam parcerias com diferentes núcleos e programas da Secretaria, com vistas à melhoria da qualidade social na educação escolar. O SEDH vem cultivando o diálogo na busca da expansão da cultura da não violência, compreendendo que se faz necessário o exercício de aportes teóricos e metodológicos para lidar com os inúmeros conflitos que hoje habitam o ambiente escolar”, afirmou.

A assessora de gestão do NGETI, Jociela Barboza Morais, afirmou que essa formação vem de uma demanda das unidades de ensino. “As escolas têm pedido e a gente sente que há a necessidade de que esses profissionais sejam formados sobre como tratar algumas situações dentro das unidades de ensino em tempo integral, onde os alunos passam o dia inteiro. A gente tenta ver o aluno em sua integralidade, então não poderia ficar de fora uma formação que ajude na interdimensionalidade dos alunos”, destacou.

Ela explicou que a Unimed participou da formação focando na parte psicológica, com palestras sobre suicídio, automutilação, e como as escolas podem agir frente a situações como essas.

Jociela ainda falou sobre a importância da intersetorialidade para o sucesso de projetos como esse. “Nós enxergamos, dentro da Seduc, que cada setor tem algo muito bom para compartilhar. Quanto mais a gente une forças para ter bons resultados, com o objetivo central, que é o aluno e seu Projeto de Vida, nós vamos crescer ainda mais enquanto Secretaria”, disse.

Formação

Durante a formação, que teve início na terça-feira, 10, gestores, coordenadores pedagógicos, coordenadores administrativo-financeiros e professores de Projeto de Vida assistiram a palestras e receberam orientações diversas sobre mediação de conflitos nas escolas. Eles também fizeram por escrito o registro de algumas situações de risco que têm acontecido nas unidades de ensino, para que estratégias mais eficientes possam ser mapeadas e para que esses profissionais possam atender melhor às escolas.

A psicóloga Andressa Oliveira, psicóloga do Núcleo de Prevenção à Violência (NPV/Seduc), falou sobre a importância do curso. “A nossa intenção é fazer com que os professores de ensino médio de tempo integral tenham uma nova possibilidade para mediar conflitos dentro da escola. Em nossas andanças pelo Estado, os alunos sempre nos pedem que a gente retorne. Então vejo que a mediação é mais uma possibilidade para sanar os conflitos nas escolas”, declarou.

A mesma opinião foi compartilhada por Erbson Rodrigues de Oliveira Silva, diretor do Colégio Estadual Manuel Dantas, de Cedro do São João. “A escola, às vezes, é ambiente de tensões humanas. Então nós necessitamos conhecer técnicas que contribuam para corrigirmos determinados comportamentos nas unidades de ensino, mediar conflitos e transformar a escola em um ambiente de paz”, disse.

Priscila Soares Silva, professora de Sociologia e de Projeto de Vida do Colégio Estadual Gilberto Freire, em Nossa Senhora do Socorro, afirmou que, muitas vezes, os profissionais se sentem incapazes de lidar com conflitos entre os alunos. “Esse curso abre portas para que a gente não pense apenas nos problemas, mas que possamos pensar nas propostas de como podemos resolvê-los. Podemos ver que os próprios alunos podem nos ajudar nesse processo. É uma formação importante para abrir o nosso campo de perspectiva sobre a relação de conflito no ambiente escolar”, destacou.

Aline Braga, coordenadora pedagógica do Centro de Excelência Manoel Messias Feitosa, em Nossa Senhora da Glória, disse que o curso foi produtivo. “Nós convivemos com os alunos durante todo o dia, então é como se fôssemos uma grande família. Essa formação vem nos ajudar a saber como lidar com os problemas dos jovens, a exemplo de ansiedade e carência emocional. Muitas vezes nós não sabemos o que dizer a eles. Esse curso nos dá um norte de como lidar com esses problemas”, afirmou.

Já Tarsylla Morais, coordenadora administrativo-financeira do Centro de Excelência Professor Hamilton Alves Rocha, também partilhou da mesma ideia. “A convivência diária acarreta em fatores diante dos quais  precisamos ter sensatez e equilíbrio para tomar as melhores decisões. Essa formação serve para que possamos mediar conflitos e saber como socorrer os alunos em situações diversas”, disse.

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Escolas de ensino em tempo integral encerram participação no curso sobre Mediação de Conflitos
Formação foi realizada através de uma parceria entre a Seduc e a Unimed
Sexta-Feira, 12 de Julho de 2019 às 14:00:00

Gestores, coordenadores pedagógicos, coordenadores administrativo-financeiros e professores de Projeto de Vida das 41 escolas da Rede Estadual de Educação que ofertam a modalidade de Ensino Médio em Tempo Integral encerram nesta sexta-feira, 12, a participação na formação continuada “Mediação de Conflitos: Restaurando Relações no Ambiente Escolar”, cujo objetivo é ampliar e dimensionar as potencialidades de utilização dos círculos restaurativos nessas unidades de ensino.

O curso teve início na última terça-feira (09) e foi promovido pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), em parceria com a Unimed. Dentro da Seduc, a formação envolveu uma equipe intersetorial, envolvendo o Departamento de Educação (DED), por meio do Serviço de Educação em Direitos Humanos (SEDH)/Núcleo de Prevenção à Violência (NPV), e Núcleo Gestor das Escolas de Tempo Integral (NGETI).

A formação contou com três momentos, divididos por Diretorias Regionais de Educação, e em cada um dos encontros houve a participação dos gestores, coordenadores pedagógicos, coordenadores administrativo-financeiros e professores de Projeto de Vida.

A chefe do Serviço de Educação em Direitos Humanos (SEDH), Adriane Damascena, destacou que um curso de mediação de conflitos contribui na efetivação de práticas restaurativas das relações nas escolas e, ao mesmo tempo, na restauração do potencial de aprendizagem dos estudantes. 

“É necessário um esforço coletivo da própria comunidade escolar nas suas diversas extensões. Do mesmo modo, é preciso que diferentes instâncias da educação estabeleçam parcerias com diferentes núcleos e programas da Secretaria, com vistas à melhoria da qualidade social na educação escolar. O SEDH vem cultivando o diálogo na busca da expansão da cultura da não violência, compreendendo que se faz necessário o exercício de aportes teóricos e metodológicos para lidar com os inúmeros conflitos que hoje habitam o ambiente escolar”, afirmou.

A assessora de gestão do NGETI, Jociela Barboza Morais, afirmou que essa formação vem de uma demanda das unidades de ensino. “As escolas têm pedido e a gente sente que há a necessidade de que esses profissionais sejam formados sobre como tratar algumas situações dentro das unidades de ensino em tempo integral, onde os alunos passam o dia inteiro. A gente tenta ver o aluno em sua integralidade, então não poderia ficar de fora uma formação que ajude na interdimensionalidade dos alunos”, destacou.

Ela explicou que a Unimed participou da formação focando na parte psicológica, com palestras sobre suicídio, automutilação, e como as escolas podem agir frente a situações como essas.

Jociela ainda falou sobre a importância da intersetorialidade para o sucesso de projetos como esse. “Nós enxergamos, dentro da Seduc, que cada setor tem algo muito bom para compartilhar. Quanto mais a gente une forças para ter bons resultados, com o objetivo central, que é o aluno e seu Projeto de Vida, nós vamos crescer ainda mais enquanto Secretaria”, disse.

Formação

Durante a formação, que teve início na terça-feira, 10, gestores, coordenadores pedagógicos, coordenadores administrativo-financeiros e professores de Projeto de Vida assistiram a palestras e receberam orientações diversas sobre mediação de conflitos nas escolas. Eles também fizeram por escrito o registro de algumas situações de risco que têm acontecido nas unidades de ensino, para que estratégias mais eficientes possam ser mapeadas e para que esses profissionais possam atender melhor às escolas.

A psicóloga Andressa Oliveira, psicóloga do Núcleo de Prevenção à Violência (NPV/Seduc), falou sobre a importância do curso. “A nossa intenção é fazer com que os professores de ensino médio de tempo integral tenham uma nova possibilidade para mediar conflitos dentro da escola. Em nossas andanças pelo Estado, os alunos sempre nos pedem que a gente retorne. Então vejo que a mediação é mais uma possibilidade para sanar os conflitos nas escolas”, declarou.

A mesma opinião foi compartilhada por Erbson Rodrigues de Oliveira Silva, diretor do Colégio Estadual Manuel Dantas, de Cedro do São João. “A escola, às vezes, é ambiente de tensões humanas. Então nós necessitamos conhecer técnicas que contribuam para corrigirmos determinados comportamentos nas unidades de ensino, mediar conflitos e transformar a escola em um ambiente de paz”, disse.

Priscila Soares Silva, professora de Sociologia e de Projeto de Vida do Colégio Estadual Gilberto Freire, em Nossa Senhora do Socorro, afirmou que, muitas vezes, os profissionais se sentem incapazes de lidar com conflitos entre os alunos. “Esse curso abre portas para que a gente não pense apenas nos problemas, mas que possamos pensar nas propostas de como podemos resolvê-los. Podemos ver que os próprios alunos podem nos ajudar nesse processo. É uma formação importante para abrir o nosso campo de perspectiva sobre a relação de conflito no ambiente escolar”, destacou.

Aline Braga, coordenadora pedagógica do Centro de Excelência Manoel Messias Feitosa, em Nossa Senhora da Glória, disse que o curso foi produtivo. “Nós convivemos com os alunos durante todo o dia, então é como se fôssemos uma grande família. Essa formação vem nos ajudar a saber como lidar com os problemas dos jovens, a exemplo de ansiedade e carência emocional. Muitas vezes nós não sabemos o que dizer a eles. Esse curso nos dá um norte de como lidar com esses problemas”, afirmou.

Já Tarsylla Morais, coordenadora administrativo-financeira do Centro de Excelência Professor Hamilton Alves Rocha, também partilhou da mesma ideia. “A convivência diária acarreta em fatores diante dos quais  precisamos ter sensatez e equilíbrio para tomar as melhores decisões. Essa formação serve para que possamos mediar conflitos e saber como socorrer os alunos em situações diversas”, disse.