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Segunda-Feira, 13 de Setembro de 2021 às 10:00:00
Semana do Pescado: Produção de camarão em Sergipe garante o produto na mesa e a qualidade do crustáceo
Produção em viveiro é de 3.232 toneladas/ano em Sergipe

Nesses dias em que se promove nacionalmente a Semana do Pescado, com ações promocionais voltadas ao estímulo da produção e consumo de itens relacionados ao setor, Sergipe tem muito o que comemorar, principalmente na carcinicultura, a criação de camarão em cativeiro. Em sua 18ª edição, a Semana do Pescado acontece entre os dias 1º e 15 de setembro em todo o país e é organizada pelo próprio setor produtivo, depois de ter sido criada pelo extinto Ministério da Pesca. Considerada a “segunda quaresma”, a campanha busca estimular o consumo de pescado no cardápio do brasileiro durante o ano todo.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva, o estado de Sergipe tem uma demanda forte e boas condições de produção do camarão, visto o crescimento da carcinicultura em vários municípios. “Nossa produção em viveiro escavado é de 3.232 toneladas/ano e cerca de 95% são pequenos e micro produtores, criadores que têm apenas um ou dois viveiros e caracterizados dessa forma por possuírem terrenos abaixo de 10 hectares”, explicou ao destacar que a produção está concentrada principalmente nos municípios de Nossa Senhora do Socorro (1.120 toneladas/ano); Brejo Grande (832); São Cristóvão (446); Santo Amaro (197) e Indiaroba (com 165 toneladas/ano), segundo dados de 2019, do Observatório de Sergipe.

Para o secretário de Agricultura de Nossa Senhora do Socorro, Davi Lopes, no ano passado, embora diante das dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus, a produção se manteve ativa e crescente. “Em 2020, foram produzidas 1.150 toneladas de camarão em viveiros e a expectativa do setor é manter essa quantidade também neste ano”, disse ao destacar que atualmente os insumos estão mais caros. “Para se ter uma ideia, em maio o quilo estava saindo a R$ 14,00, mas já chegamos a vender por R$ 20,00 e até R$ 25,00. Agora com a procura aumentando, conseguimos manter a R$ 22,00”, afirmou. 

Davi Lopes explicou, ainda, que com o final das chuvas e início do verão, a tendência é melhorar a produção cada vez mais. O município de Nossa Senhora do Socorro se destaca na carcinicultura, seguido de Brejo Grande e de São Cristóvão, este último estimou sua produção no ano passado entre 480 a 500 toneladas do crustáceo.

A fim de alavancar ainda mais o setor, o secretário Zeca da Silva pretende atuar junto ao governo federal para regular melhor a indústria pesqueira em Sergipe, inclusive já esteve com o coordenador da Câmara Empresarial de Pescados da Fecomércio, Humberto Eng, com o intuito de se inteirar melhor sobre o assunto. “Precisamos implementar políticas públicas na área da pesca e da aquicultura e a partir daí mensurar o que nós produzimos, pois somente conhecendo os números do setor, poderemos desenvolver políticas que promovam a melhoria de crédito para os produtores, melhorias no manejo e de assistência técnica, que consequentemente vão promover uma maior segurança alimentar do pescado e uma indústria pesqueira muito melhor para Sergipe” disse. Para o secretário, outra pauta prioritária é a discussão sobre o Terminal Pesqueiro, localizado na área do Mercado Albano Franco, no centro comercial de Aracaju. “Precisamos dar uma situação definitiva sobre aquela obra e todo o levantamento de dados será discutido com os setores ligados, a fim de obtermos informações mais precisas sobre as ações ali realizadas”, pontuou Zeca da Silva.

Semana do Pescado

A Semana do Pescado é um grande movimento para fomentar o consumo de pescado no país e surgiu da demanda do setor, que sentia a necessidade de ampliar o consumo dos brasileiros. Para Altemir Gregolin, ex-ministro da Pesca e Aquicultura e membro do comitê organizador da campanha, a iniciativa tem dois grandes objetivos: “Estimular o consumo do pescado, que tradicionalmente está concentrado no período da Semana Santa, e a meta de criar outro momento de vendas no varejo e no foodservice no segundo semestre”, enfatiza o ex-ministro.

Conforme dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o pescado representa 30% do consumo mundial anual de proteína animal, contra 23% dos suínos e também 23% dos frangos, 13% dos bovinos e 11% de outras proteínas. “O Brasil tem todas as condições de ser a principal fronteira para a expansão da aquicultura em nível global, visto sua capacidade de produção, de 20 milhões de toneladas de pescado. É uma cadeia em que temos que apostar e investir”, afirmou Altemir.


Para a realização da campanha, a comissão organizadora elaborou uma agenda de trabalhos que consiste em envolver todos os setores ligados à cadeia produtiva pesqueira e aquícola; renovação da marca da Semana do Pescado; em movimentar as redes sociais oficiais da campanha e na promoção de reuniões e encontros; entre outras ações. Nesse contexto, o evento promocional espera também ressaltar a posição de destaque que o pescado tem nas exportações mundiais. São 49% de pescados, 20% de bovinos, 15% de suínos, 10% de frangos e 5% de outras proteínas, demonstrando a dimensão e a importância que o setor ocupa no mercado mundial.


Com informações do site www.semanadopescado.com.br

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Semana do Pescado: Produção de camarão em Sergipe garante o produto na mesa e a qualidade do crustáceo
Produção em viveiro é de 3.232 toneladas/ano em Sergipe
Segunda-Feira, 13 de Setembro de 2021 às 10:00:00

Nesses dias em que se promove nacionalmente a Semana do Pescado, com ações promocionais voltadas ao estímulo da produção e consumo de itens relacionados ao setor, Sergipe tem muito o que comemorar, principalmente na carcinicultura, a criação de camarão em cativeiro. Em sua 18ª edição, a Semana do Pescado acontece entre os dias 1º e 15 de setembro em todo o país e é organizada pelo próprio setor produtivo, depois de ter sido criada pelo extinto Ministério da Pesca. Considerada a “segunda quaresma”, a campanha busca estimular o consumo de pescado no cardápio do brasileiro durante o ano todo.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva, o estado de Sergipe tem uma demanda forte e boas condições de produção do camarão, visto o crescimento da carcinicultura em vários municípios. “Nossa produção em viveiro escavado é de 3.232 toneladas/ano e cerca de 95% são pequenos e micro produtores, criadores que têm apenas um ou dois viveiros e caracterizados dessa forma por possuírem terrenos abaixo de 10 hectares”, explicou ao destacar que a produção está concentrada principalmente nos municípios de Nossa Senhora do Socorro (1.120 toneladas/ano); Brejo Grande (832); São Cristóvão (446); Santo Amaro (197) e Indiaroba (com 165 toneladas/ano), segundo dados de 2019, do Observatório de Sergipe.

Para o secretário de Agricultura de Nossa Senhora do Socorro, Davi Lopes, no ano passado, embora diante das dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus, a produção se manteve ativa e crescente. “Em 2020, foram produzidas 1.150 toneladas de camarão em viveiros e a expectativa do setor é manter essa quantidade também neste ano”, disse ao destacar que atualmente os insumos estão mais caros. “Para se ter uma ideia, em maio o quilo estava saindo a R$ 14,00, mas já chegamos a vender por R$ 20,00 e até R$ 25,00. Agora com a procura aumentando, conseguimos manter a R$ 22,00”, afirmou. 

Davi Lopes explicou, ainda, que com o final das chuvas e início do verão, a tendência é melhorar a produção cada vez mais. O município de Nossa Senhora do Socorro se destaca na carcinicultura, seguido de Brejo Grande e de São Cristóvão, este último estimou sua produção no ano passado entre 480 a 500 toneladas do crustáceo.

A fim de alavancar ainda mais o setor, o secretário Zeca da Silva pretende atuar junto ao governo federal para regular melhor a indústria pesqueira em Sergipe, inclusive já esteve com o coordenador da Câmara Empresarial de Pescados da Fecomércio, Humberto Eng, com o intuito de se inteirar melhor sobre o assunto. “Precisamos implementar políticas públicas na área da pesca e da aquicultura e a partir daí mensurar o que nós produzimos, pois somente conhecendo os números do setor, poderemos desenvolver políticas que promovam a melhoria de crédito para os produtores, melhorias no manejo e de assistência técnica, que consequentemente vão promover uma maior segurança alimentar do pescado e uma indústria pesqueira muito melhor para Sergipe” disse. Para o secretário, outra pauta prioritária é a discussão sobre o Terminal Pesqueiro, localizado na área do Mercado Albano Franco, no centro comercial de Aracaju. “Precisamos dar uma situação definitiva sobre aquela obra e todo o levantamento de dados será discutido com os setores ligados, a fim de obtermos informações mais precisas sobre as ações ali realizadas”, pontuou Zeca da Silva.

Semana do Pescado

A Semana do Pescado é um grande movimento para fomentar o consumo de pescado no país e surgiu da demanda do setor, que sentia a necessidade de ampliar o consumo dos brasileiros. Para Altemir Gregolin, ex-ministro da Pesca e Aquicultura e membro do comitê organizador da campanha, a iniciativa tem dois grandes objetivos: “Estimular o consumo do pescado, que tradicionalmente está concentrado no período da Semana Santa, e a meta de criar outro momento de vendas no varejo e no foodservice no segundo semestre”, enfatiza o ex-ministro.

Conforme dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o pescado representa 30% do consumo mundial anual de proteína animal, contra 23% dos suínos e também 23% dos frangos, 13% dos bovinos e 11% de outras proteínas. “O Brasil tem todas as condições de ser a principal fronteira para a expansão da aquicultura em nível global, visto sua capacidade de produção, de 20 milhões de toneladas de pescado. É uma cadeia em que temos que apostar e investir”, afirmou Altemir.


Para a realização da campanha, a comissão organizadora elaborou uma agenda de trabalhos que consiste em envolver todos os setores ligados à cadeia produtiva pesqueira e aquícola; renovação da marca da Semana do Pescado; em movimentar as redes sociais oficiais da campanha e na promoção de reuniões e encontros; entre outras ações. Nesse contexto, o evento promocional espera também ressaltar a posição de destaque que o pescado tem nas exportações mundiais. São 49% de pescados, 20% de bovinos, 15% de suínos, 10% de frangos e 5% de outras proteínas, demonstrando a dimensão e a importância que o setor ocupa no mercado mundial.


Com informações do site www.semanadopescado.com.br