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Quinta-Feira, 05 de Maio de 2022 às 11:45:00
Evento da Defesa Civil Estadual capacita coordenadores municipais para ação rápida em caso de emergência climática
Segundo a previsão, Sergipe deve ter chuvas acima da média com alerta de eventos climáticos extremos nos próximos dois meses

Um dia para pensar em prevenção de desastres e autonomia para atuar em situações extremas, o Seminário da Mitigação aos Efeitos das Chuvas 2022 foi planejado com esse objetivo pelo Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil (Depec) do Governo de Sergipe. Na pauta, a previsão climática para os próximos três meses e o treinamento para que os gestores das Defesas Civis municipais do estado se capacitem para agir em momentos de crise, causados pelas chuvas características do fim do outono e começo do inverno e possam atender ao chamado. O tema atraiu representantes das defesas civis de todo estado e o evento estava lotado. 

O secretário da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), Ubirajara Barreto, fez a abertura, recepcionou os coordenadores das defesas civis dos 75 municípios e falou da importância de ter independência em situações extremas. “Nossa intenção, com esse evento de hoje, é aprofundar a interação, a interligação da Defesa Civil Estadual com as Defesas Civis municipais. O nosso intuito é que os municípios tenham independência, conhecimento e expertise para gerenciar as suas próprias crises. Os municípios precisam andar com as próprias pernas e para isso nós, do Governo do Estado, daremos toda orientação. Esse seminário é o primeiro passo para autonomia, mas com a certeza que nós, da gestão estadual, sempre continuaremos olhando as características e as necessidades de cada município e região”, explanou. 

O meteorologista responsável pela Sala de Clima da Superintendência de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma), Overland Amaral, trouxe um apanhado de como será o clima em Sergipe nos próximos três meses. Segundo ele a previsão é de chuva acima da média e alerta de eventos extremos com chuvas torrenciais, graças ao fenômeno conhecido como “La Niña”. “Desde o Recôncavo baiano, passando pelos estados de Sergipe e Alagoas, até o Sul e Norte de Pernambuco, a condição é de chuvas de normal à acima da média para o período de maio, junho e julho de 2022. E alertando que, com as condições desse sistema, poderemos ter chuvas torrenciais, instantâneas e momentâneas para o período agora do mês de maio e junho, por isso mesmo, temos a obrigação de estar monitorando e passando para vocês possíveis eventos extremos durante os próximos sessenta dias, que é o que mais chove”, alertou. 

O diretor do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Luciano Queiroz, salientou a importância de tratar deste tema de prevenção. “Quando está chegando a quadra chuvosa, a gente precisa preparar os agentes das Defesas Civis dos municípios para que esses possam dar as primeiras respostas para as situações emergenciais aqui no nosso estado. Primeiramente a gente prepara, faz a gestão de riscos antes que o desastre venha a ocorrer. Isso é importante para eles, caso algum evento climático saia do controle eles possam dar algumas respostas para mitigar os efeitos desses desastres relacionados às chuvas”, esclareceu.

Já o secretário executivo da Defesa Civil de Pernambuco, tenente-coronel Leonardo Rodrigues dos Santos, falou com os participantes de forma remota da experiência do estado dele no planejamento da “Operação Inverno 2022”. Segundo ele, é de suma importância aliar o trabalho da Defesa Civil ao da ciência, com o uso contínuo de dados científicos trazidos pela meteorologia. “Devemos usar a tecnologia como nossa maior aliada, para que a gente possa planejar. Esse evento que a Defesa Civil de Sergipe está fazendo, nós já fizemos aqui em Pernambuco, com todos os municípios do estado e com todos os agentes municipais, mostrando como deve ser o planejamento, principalmente com a preparação do plano de contingência, levando em consideração o que ciência já alertou. A meteorologia disse que os meses de junho e julho serão de chuvas acima da média, então os órgãos municipais e estaduais precisam ter minimamente a sua estrutura montada”, frisou. 

Ainda durante o seminário, o diretor-adjunto da Defesa Civil de Sergipe, Alysson Carvalho, fez o lançamento do curso Operações de Gestão de Desastres, que será ministrado nos próximos meses em cada região sergipana, a fim de preparar os coordenadores municipais para dar as primeiras respostas em situações de crise. Segundo ele, preparar os coordenadores municipais para eventos adversos é garantir mais segurança para a população com a certeza de que os moradores da cidade sofrerão menos com a ação rápida dos órgãos públicos. “O curso garantirá aos coordenadores de cada localidade ensinamento dos primeiros atendimentos em desastres que venham a ocorrer em seus municípios, ensinando de forma bem simples as percepções de risco e o que fazer quando forem atingidos por intempéries da natureza e desastres e ensinando como trabalhar em equipe”, evidenciou.  

O coordenador da Defesa Civil do município de Nossa Senhora da Glória, no Sertão de Sergipe, Lenaldo Leite dos Santos, avaliou como necessário o evento que trata de prevenção. “A gente sofre com seca e nunca espera que isso um evento de enchente possa acontecer, por isso é muito importante esse seminário, para adquirir conhecimento, aprendizado para enfrentar essas anormalidades, eventos extremos da natureza. O município de Nossa Senhora da Glória já vem fazendo as correções nas redes de esgoto e naqueles pontos críticos e áreas de risco”, ressalta.

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Evento da Defesa Civil Estadual capacita coordenadores municipais para ação rápida em caso de emergência climática
Segundo a previsão, Sergipe deve ter chuvas acima da média com alerta de eventos climáticos extremos nos próximos dois meses
Quinta-Feira, 05 de Maio de 2022 às 11:45:00

Um dia para pensar em prevenção de desastres e autonomia para atuar em situações extremas, o Seminário da Mitigação aos Efeitos das Chuvas 2022 foi planejado com esse objetivo pelo Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil (Depec) do Governo de Sergipe. Na pauta, a previsão climática para os próximos três meses e o treinamento para que os gestores das Defesas Civis municipais do estado se capacitem para agir em momentos de crise, causados pelas chuvas características do fim do outono e começo do inverno e possam atender ao chamado. O tema atraiu representantes das defesas civis de todo estado e o evento estava lotado. 

O secretário da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), Ubirajara Barreto, fez a abertura, recepcionou os coordenadores das defesas civis dos 75 municípios e falou da importância de ter independência em situações extremas. “Nossa intenção, com esse evento de hoje, é aprofundar a interação, a interligação da Defesa Civil Estadual com as Defesas Civis municipais. O nosso intuito é que os municípios tenham independência, conhecimento e expertise para gerenciar as suas próprias crises. Os municípios precisam andar com as próprias pernas e para isso nós, do Governo do Estado, daremos toda orientação. Esse seminário é o primeiro passo para autonomia, mas com a certeza que nós, da gestão estadual, sempre continuaremos olhando as características e as necessidades de cada município e região”, explanou. 

O meteorologista responsável pela Sala de Clima da Superintendência de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma), Overland Amaral, trouxe um apanhado de como será o clima em Sergipe nos próximos três meses. Segundo ele a previsão é de chuva acima da média e alerta de eventos extremos com chuvas torrenciais, graças ao fenômeno conhecido como “La Niña”. “Desde o Recôncavo baiano, passando pelos estados de Sergipe e Alagoas, até o Sul e Norte de Pernambuco, a condição é de chuvas de normal à acima da média para o período de maio, junho e julho de 2022. E alertando que, com as condições desse sistema, poderemos ter chuvas torrenciais, instantâneas e momentâneas para o período agora do mês de maio e junho, por isso mesmo, temos a obrigação de estar monitorando e passando para vocês possíveis eventos extremos durante os próximos sessenta dias, que é o que mais chove”, alertou. 

O diretor do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Luciano Queiroz, salientou a importância de tratar deste tema de prevenção. “Quando está chegando a quadra chuvosa, a gente precisa preparar os agentes das Defesas Civis dos municípios para que esses possam dar as primeiras respostas para as situações emergenciais aqui no nosso estado. Primeiramente a gente prepara, faz a gestão de riscos antes que o desastre venha a ocorrer. Isso é importante para eles, caso algum evento climático saia do controle eles possam dar algumas respostas para mitigar os efeitos desses desastres relacionados às chuvas”, esclareceu.

Já o secretário executivo da Defesa Civil de Pernambuco, tenente-coronel Leonardo Rodrigues dos Santos, falou com os participantes de forma remota da experiência do estado dele no planejamento da “Operação Inverno 2022”. Segundo ele, é de suma importância aliar o trabalho da Defesa Civil ao da ciência, com o uso contínuo de dados científicos trazidos pela meteorologia. “Devemos usar a tecnologia como nossa maior aliada, para que a gente possa planejar. Esse evento que a Defesa Civil de Sergipe está fazendo, nós já fizemos aqui em Pernambuco, com todos os municípios do estado e com todos os agentes municipais, mostrando como deve ser o planejamento, principalmente com a preparação do plano de contingência, levando em consideração o que ciência já alertou. A meteorologia disse que os meses de junho e julho serão de chuvas acima da média, então os órgãos municipais e estaduais precisam ter minimamente a sua estrutura montada”, frisou. 

Ainda durante o seminário, o diretor-adjunto da Defesa Civil de Sergipe, Alysson Carvalho, fez o lançamento do curso Operações de Gestão de Desastres, que será ministrado nos próximos meses em cada região sergipana, a fim de preparar os coordenadores municipais para dar as primeiras respostas em situações de crise. Segundo ele, preparar os coordenadores municipais para eventos adversos é garantir mais segurança para a população com a certeza de que os moradores da cidade sofrerão menos com a ação rápida dos órgãos públicos. “O curso garantirá aos coordenadores de cada localidade ensinamento dos primeiros atendimentos em desastres que venham a ocorrer em seus municípios, ensinando de forma bem simples as percepções de risco e o que fazer quando forem atingidos por intempéries da natureza e desastres e ensinando como trabalhar em equipe”, evidenciou.  

O coordenador da Defesa Civil do município de Nossa Senhora da Glória, no Sertão de Sergipe, Lenaldo Leite dos Santos, avaliou como necessário o evento que trata de prevenção. “A gente sofre com seca e nunca espera que isso um evento de enchente possa acontecer, por isso é muito importante esse seminário, para adquirir conhecimento, aprendizado para enfrentar essas anormalidades, eventos extremos da natureza. O município de Nossa Senhora da Glória já vem fazendo as correções nas redes de esgoto e naqueles pontos críticos e áreas de risco”, ressalta.