Notícias
Notícias
Sexta-Feira, 22 de Outubro de 2021 às 16:15:00
Governo promove capacitação para profissionais sobre notificação da violência

Nesta sexta-feira, 22, foi realizada uma capacitação no Centro Especializado em Reabilitação José Leonel Ferreira Aquino – CER IV, com o objetivo de orientar e sensibilizar os profissionais sobre a identificação e notificação da violência. A ação, que teve início na última terça-feira, dia 19, desta vez contou com a presença de 30 trabalhadores da unidade.

Por ser um Centro que promove cuidados em saúde para habilitação/reabilitação física, intelectual e TEA, auditiva e visual, a coordenadora do CER IV, Sayonara Carvalho, destaca a importância de se atentar e identificar os diversos casos de violência, tendo em vista que as pessoas assistidas pela unidade são um público em vulnerabilidade.

“O nosso objetivo com essa capacitação e sensibilização é que a gente faça a notificação e acompanhe o desdobramento dos casos, sem interferir no cuidado do usuário. Queremos que os trabalhadores se sensibilizem com a capacitação. Ao acontecer qualquer situação que seja identificado em nossos serviços, seja violência física, abuso ou negligência, notificamos esses casos para toda a rede de saúde ter acesso, com objetivo de interromper esse ciclo de violência o quanto antes. Mesmo não sendo um caso confirmado, se for somente uma suspeita, a exemplo de uma pessoa mal cuidada, negligenciada, ou até uma violência financeira (no caso do idoso), a nossa obrigação enquanto serviço de saúde, de acordo com o Ministério da Saúde, é fazer a notificação. Estamos sequenciando dentro do CER IV uma formação em Educação Permanente para os nossos trabalhadores, para que tenhamos um corpo clínico de profissionais de saúde sensíveis nas causas humanas, estratégicas e essenciais no cuidado integral da pessoa com deficiência”, salienta a coordenadora.

Em sensibilização com o caso da criança Lorrany, seis anos, encontrada morta com sinais de violência sexual na última quinta-feira, 22, durante a capacitação correu um ato simbólico. Foram entregues fitas brancas aos profissionais, com frases sobre o fim da violência. O ato foi realizado pela vice-presidente do Conselho Estadual da Criança e Adolescente, Elaine Passos.

“É importante falar que na declaração universal de direitos humanos do ano de 1948, já é preconizado o direito à saúde. O direito se expande para as pessoas que têm alguma deficiência e estão em maior vulnerabilidade. Enquanto servidora pública de Sergipe e militante da Causa de Direitos Humanos, me coloquei à disposição para tentar trazer uma perspectiva diferente de um atendimento mais humanizado para esses grupos vulneráveis, principalmente quando se tem criança. A ideia é não julgar e trazer uma perspectiva de construção, bem como apresentar algumas alternativas para que dentro de uma perspectiva humana se consiga detectar alguns sinais de violência e acionar algumas instituições. Inclusive, o Conselho da Criança está aberto a receber denúncias para fazer parte dessa rede. O ato simbólico com fitas representa um apelo. Entendemos que a violência não é gerada apenas do homem contra a mulher, mas no caso de Lorrany foi, então vendo que foi um homem e tendo em vista que os dados estatísticos comprovam que a maior parte das violências cometidos são de homens contra mulheres, nós queremos oferecer a todos que fazem parte da equipe do CER IV esse apanhado. O combate à violência das pessoas com deficiência, crianças e demais grupos que estão em maior estado de vulnerabilidade deve ser contínuo”, enfatizou Elaine Passos.

A referência técnica de Vigilância e Prevenção de Violência e Acidentes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Karla Anacleto, apresentou para os profissionais um panorama sobre as violências. “Estamos em um momento de socialização e aprendizagem. É essencial discutir sobre esse tema em vários espaços, principalmente em um serviço em potencial como esse, que o público-alvo são pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade e consequentemente podem estar dentro desse ambiente da violência. Discutimos sobre as notificações e a rede de cuidado. Na apresentação mostrei alguns números úteis para enfrentamento da violência, trouxe também informações sobre o fluxo da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que é a nossa referência estadual para vítimas de violência sexual”, contou.

Compartilhe            
Notícia
/ Notícias / Saúde

Governo promove capacitação para profissionais sobre notificação da violência
Sexta-Feira, 22 de Outubro de 2021 às 16:15:00

Nesta sexta-feira, 22, foi realizada uma capacitação no Centro Especializado em Reabilitação José Leonel Ferreira Aquino – CER IV, com o objetivo de orientar e sensibilizar os profissionais sobre a identificação e notificação da violência. A ação, que teve início na última terça-feira, dia 19, desta vez contou com a presença de 30 trabalhadores da unidade.

Por ser um Centro que promove cuidados em saúde para habilitação/reabilitação física, intelectual e TEA, auditiva e visual, a coordenadora do CER IV, Sayonara Carvalho, destaca a importância de se atentar e identificar os diversos casos de violência, tendo em vista que as pessoas assistidas pela unidade são um público em vulnerabilidade.

“O nosso objetivo com essa capacitação e sensibilização é que a gente faça a notificação e acompanhe o desdobramento dos casos, sem interferir no cuidado do usuário. Queremos que os trabalhadores se sensibilizem com a capacitação. Ao acontecer qualquer situação que seja identificado em nossos serviços, seja violência física, abuso ou negligência, notificamos esses casos para toda a rede de saúde ter acesso, com objetivo de interromper esse ciclo de violência o quanto antes. Mesmo não sendo um caso confirmado, se for somente uma suspeita, a exemplo de uma pessoa mal cuidada, negligenciada, ou até uma violência financeira (no caso do idoso), a nossa obrigação enquanto serviço de saúde, de acordo com o Ministério da Saúde, é fazer a notificação. Estamos sequenciando dentro do CER IV uma formação em Educação Permanente para os nossos trabalhadores, para que tenhamos um corpo clínico de profissionais de saúde sensíveis nas causas humanas, estratégicas e essenciais no cuidado integral da pessoa com deficiência”, salienta a coordenadora.

Em sensibilização com o caso da criança Lorrany, seis anos, encontrada morta com sinais de violência sexual na última quinta-feira, 22, durante a capacitação correu um ato simbólico. Foram entregues fitas brancas aos profissionais, com frases sobre o fim da violência. O ato foi realizado pela vice-presidente do Conselho Estadual da Criança e Adolescente, Elaine Passos.

“É importante falar que na declaração universal de direitos humanos do ano de 1948, já é preconizado o direito à saúde. O direito se expande para as pessoas que têm alguma deficiência e estão em maior vulnerabilidade. Enquanto servidora pública de Sergipe e militante da Causa de Direitos Humanos, me coloquei à disposição para tentar trazer uma perspectiva diferente de um atendimento mais humanizado para esses grupos vulneráveis, principalmente quando se tem criança. A ideia é não julgar e trazer uma perspectiva de construção, bem como apresentar algumas alternativas para que dentro de uma perspectiva humana se consiga detectar alguns sinais de violência e acionar algumas instituições. Inclusive, o Conselho da Criança está aberto a receber denúncias para fazer parte dessa rede. O ato simbólico com fitas representa um apelo. Entendemos que a violência não é gerada apenas do homem contra a mulher, mas no caso de Lorrany foi, então vendo que foi um homem e tendo em vista que os dados estatísticos comprovam que a maior parte das violências cometidos são de homens contra mulheres, nós queremos oferecer a todos que fazem parte da equipe do CER IV esse apanhado. O combate à violência das pessoas com deficiência, crianças e demais grupos que estão em maior estado de vulnerabilidade deve ser contínuo”, enfatizou Elaine Passos.

A referência técnica de Vigilância e Prevenção de Violência e Acidentes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Karla Anacleto, apresentou para os profissionais um panorama sobre as violências. “Estamos em um momento de socialização e aprendizagem. É essencial discutir sobre esse tema em vários espaços, principalmente em um serviço em potencial como esse, que o público-alvo são pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade e consequentemente podem estar dentro desse ambiente da violência. Discutimos sobre as notificações e a rede de cuidado. Na apresentação mostrei alguns números úteis para enfrentamento da violência, trouxe também informações sobre o fluxo da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que é a nossa referência estadual para vítimas de violência sexual”, contou.