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Sexta-Feira, 17 de Março de 2023 às 07:00:00
Com obras estruturantes, Governo de Sergipe celebra 168 anos de Aracaju
História da capital é lembrada e honrada por meio de melhorias para toda a população

Marcada por sua beleza e por seu ambiente acolhedor, Aracaju chega aos 168 anos nesta sexta-feira, 17. Desde sua elevação à condição de cidade até os dias de hoje, a capital sergipana segue repleta de histórias e sendo motivo de orgulho para o povo de sua terra. E para celebrar e reconhecer a grandiosidade da capital, o Governo de Sergipe tem investido em obras estruturantes em todo o território aracajuano.

Antes de atingir o momento atual, com amplas construções e grandes obras de intervenção urbana, Aracaju consistia em um pequeno vilarejo de pescadores e lavradores que fazia parte da Freguesia de Nossa Senhora do Socorro. Em 17 de março de 1855, o povoado de Santo Antônio de Aracaju tornou-se cidade e capital da província. Aracaju foi fundada pelo então presidente da província, Inácio Joaquim Barbosa, através da Resolução 413.

A mudança da capital foi motivada por uma estratégia política, que direcionou o eixo das decisões político-partidárias do vale do Vaza-Barris para o vale do Cotinguiba. Outro elemento que contribuiu para a transferência foi o comércio do açúcar, carro-chefe das exportações da província em meados do século XIX.

“A velha capital não possuía bom porto e nem uma alfândega bem localizada para a cobrança de impostos. A Barra do Rio Cotinguiba, onde se localizava Santo Antônio de Aracaju, era a mais movimentada da região, por onde passava dois terços do açúcar exportado. Portanto, por possuir um bom estuário e por se localizar próxima à região economicamente mais rica, Aracaju foi escolhida para ser a nova capital”, conta o historiador e professor do Instituto Federal de Sergipe (IFS), Amâncio Cardoso.

Ao contrário do esperado, a cidade não se desenvolveu a partir do topo da Colina do Santo Antônio, onde estava assentado o povoado. Para estimular a moradia em locais de planície, o engenheiro Basílio Pirro desenvolveu uma dinâmica de ocupação específica, em formato de tabuleiro de xadrez. O plano compreendia desde a Rua da Aurora, mais conhecida como Rua da Frente, até a Rua Dom Bosco, no sentido leste-oeste. No sentido norte-sul, o plano ia da atual Praça General Valadão até a Avenida Barão de Maruim.

Os primeiros a ocupar a nova capital foram os funcionários públicos que antes moravam em São Cristóvão. À época, Aracaju apresentava condições insalubres de moradia. “Eles foram obrigados a vir trabalhar na nova capital, onde ainda não existia infraestrutura e o terreno era repleto de alagadiços e areais. Tais funcionários receberam um ano de salário adiantado para começarem a habitar a nova cidade”, destaca o historiador.

Depois, Aracaju começou a atrair pequenos e médios comerciantes, que passaram a construir hotéis, padarias, lojas e outros estabelecimentos. Vieram também fazendeiros, donos de engenho e profissionais liberais, como médicos, advogados, militares, políticos e professores.  Por fim, estabeleceram-se grupos de menor estrato social, como lavradores e artífices. “Em resumo, Aracaju foi sendo povoada por diversos grupos étnicos-sociais advindos do interior, porque aqui era uma pequena povoação”, frisa Amâncio Cardoso.

Hoje

A geógrafa Vera França, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), dedicou seu doutorado ao estudo da expansão metropolitana de Aracaju. A pesquisadora ressalta o contraste dos primeiros anos da capital com a realidade de hoje. “A cidade enfrentou muitos problemas pela fragilidade das condições ambientais e exiguidade de recursos para investimentos. Hoje, Aracaju possui boa estrutura urbana, que atende grande parte da cidade, com atividades econômicas bem consolidadas e com força de centralidade em todo o território sergipano e áreas limítrofes da Bahia e de Alagoas. A cidade avança sobre os municípios vizinhos, formando uma área metropolitana que abrange cerca de um milhão de pessoas”, pontua.

Para a arquiteta Sarah Lúcia Alves França, é necessário que o poder público dirija à capital um olhar conectado ao entorno. Sarah, que é professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFS, também coordena o Núcleo Aracaju do Observatório das Metrópoles.

“Aracaju abriga 29% da população sergipana e concentra funções econômicas e administrativas, atraindo pessoas dos 75 municípios de Sergipe. Com isso, o Governo do Estado pode contribuir promovendo ações para pensar a capital em um contexto metropolitano, que se expande, especialmente em direção a São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro, se conectando diariamente por meio dos fluxos diários de trabalhadores e de mercadorias”, diz.

Obras

168 anos depois, a história dos sergipanos que construíram a capital segue lembrada e honrada pelo Governo de Sergipe. Para tanto, a gestão vem investindo em ações de desenvolvimento estrutural para Aracaju, nos mais variados cantos da cidade.

Por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Sedurbi), o governo deu início aos trabalhos para a futura construção da nova ponte entre Aracaju e Barra dos Coqueiros. A primeira reunião para elaboração do termo de referência para contratação de estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental ocorreu no último dia 10 de março.

Ainda em se tratando da travessia Aracaju-Barra, o governo está realizando, desde janeiro, a troca das juntas de dilatação e a recuperação dos berços da Ponte Construtor João Alves. Com investimentos no valor de R$ 7.779.283,91, a obra se estende nos dois sentidos das pistas.

Também estão em andamento obras de ampliação, reforma e adequação de diversos espaços de interesse na capital, a exemplo de unidades educacionais e de saúde. Com conclusão prevista para junho deste ano, a reforma e ampliação da quadra de esportes do Colégio Estadual General Siqueira, no bairro Siqueira Campos, segue em evolução. Também está em curso a segunda etapa da reforma do Ginásio de Esportes Constâncio Vieira, no bairro Treze de Julho, que deve ser concluída até abril.

As obras do Conservatório de Música de Sergipe, no Centro da capital, também continuam progredindo, com expectativa de serem terminadas até setembro. Além da reforma, o conservatório está passando por uma ampla adequação de acessibilidade. Avança também a construção do Hospital do Câncer de Aracaju, no bairro Capucho. Até o momento estão em elaboração os projetos executivos de arquitetura e engenharia. A previsão é que estas intervenções sejam concluídas até outubro.

Já concluída e inaugurada, a reforma e ampliação do Centro de Excelência Professor Paulo Freire, no bairro Industrial, é mais uma obra do Governo de Sergipe. Devolvida à população no último dia 10, a escola teve sua estrutura modificada e melhorada a partir dos serviços da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop) e acompanhamento da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc).

Turismo

A conclusão das obras da Orla Sul é mais um projeto de desenvolvimento para a capital aracajuana, com perspectivas voltadas ao setor turístico. No início de 2023, o governador Fábio Mitidieri recomendou à Sedurbi e à Cehop a realização de um levantamento da situação da obra, assim como solicitou providências para dar celeridade à sua conclusão. No momento, está sendo executada a adequação urbanística em trechos da orla, correspondendo aos 5% ainda não entregues do serviço.

O projeto da Orla Sul se estende por 17 km e se inicia a partir da intersecção da Avenida Santos Dumont com a Rua Deputado Clóvis Rollemberg, no bairro Atalaia. As intervenções seguem pela faixa litorânea da Rodovia SE-100 (Inácio Barbosa) até o Farol do Mosqueiro, no limite com o município de Itaporanga D'Ajuda. Até então, o investimento soma aproximadamente R$ 68 milhões, provenientes, em sua maioria, de recursos do Tesouro estadual.

Mais um espaço de lazer para turistas e sergipanos que passa por serviços conduzidos pelo Governo de Sergipe é o Parque dos Cajueiros, no bairro Farolândia. A previsão é que a obra, que terá aditivo de valor e de prazo, chegue ao total de R$ 3 milhões em investimentos. A estimativa é de que a reforma do parque seja concluída até junho.

Atração no segmento turístico religioso, o Caminho de Santa Dulce dos Pobres é mais um dos projetos do Governo de Sergipe, interligando Aracaju e São Cristóvão. Iniciados em 2023, os serviços estão na fase de terraplanagem. A próxima etapa envolverá a implantação de mais de 73 mil m² de pavimentação granítica nos 10,36 km do trajeto, com investimento total previsto de R$ 13.974.557,00. E mais obras estão por vir, para promover qualidade de vida e desenvolvimento para o povo de Aracaju e de todo o estado.

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Com obras estruturantes, Governo de Sergipe celebra 168 anos de Aracaju
História da capital é lembrada e honrada por meio de melhorias para toda a população
Sexta-Feira, 17 de Março de 2023 às 07:00:00

Marcada por sua beleza e por seu ambiente acolhedor, Aracaju chega aos 168 anos nesta sexta-feira, 17. Desde sua elevação à condição de cidade até os dias de hoje, a capital sergipana segue repleta de histórias e sendo motivo de orgulho para o povo de sua terra. E para celebrar e reconhecer a grandiosidade da capital, o Governo de Sergipe tem investido em obras estruturantes em todo o território aracajuano.

Antes de atingir o momento atual, com amplas construções e grandes obras de intervenção urbana, Aracaju consistia em um pequeno vilarejo de pescadores e lavradores que fazia parte da Freguesia de Nossa Senhora do Socorro. Em 17 de março de 1855, o povoado de Santo Antônio de Aracaju tornou-se cidade e capital da província. Aracaju foi fundada pelo então presidente da província, Inácio Joaquim Barbosa, através da Resolução 413.

A mudança da capital foi motivada por uma estratégia política, que direcionou o eixo das decisões político-partidárias do vale do Vaza-Barris para o vale do Cotinguiba. Outro elemento que contribuiu para a transferência foi o comércio do açúcar, carro-chefe das exportações da província em meados do século XIX.

“A velha capital não possuía bom porto e nem uma alfândega bem localizada para a cobrança de impostos. A Barra do Rio Cotinguiba, onde se localizava Santo Antônio de Aracaju, era a mais movimentada da região, por onde passava dois terços do açúcar exportado. Portanto, por possuir um bom estuário e por se localizar próxima à região economicamente mais rica, Aracaju foi escolhida para ser a nova capital”, conta o historiador e professor do Instituto Federal de Sergipe (IFS), Amâncio Cardoso.

Ao contrário do esperado, a cidade não se desenvolveu a partir do topo da Colina do Santo Antônio, onde estava assentado o povoado. Para estimular a moradia em locais de planície, o engenheiro Basílio Pirro desenvolveu uma dinâmica de ocupação específica, em formato de tabuleiro de xadrez. O plano compreendia desde a Rua da Aurora, mais conhecida como Rua da Frente, até a Rua Dom Bosco, no sentido leste-oeste. No sentido norte-sul, o plano ia da atual Praça General Valadão até a Avenida Barão de Maruim.

Os primeiros a ocupar a nova capital foram os funcionários públicos que antes moravam em São Cristóvão. À época, Aracaju apresentava condições insalubres de moradia. “Eles foram obrigados a vir trabalhar na nova capital, onde ainda não existia infraestrutura e o terreno era repleto de alagadiços e areais. Tais funcionários receberam um ano de salário adiantado para começarem a habitar a nova cidade”, destaca o historiador.

Depois, Aracaju começou a atrair pequenos e médios comerciantes, que passaram a construir hotéis, padarias, lojas e outros estabelecimentos. Vieram também fazendeiros, donos de engenho e profissionais liberais, como médicos, advogados, militares, políticos e professores.  Por fim, estabeleceram-se grupos de menor estrato social, como lavradores e artífices. “Em resumo, Aracaju foi sendo povoada por diversos grupos étnicos-sociais advindos do interior, porque aqui era uma pequena povoação”, frisa Amâncio Cardoso.

Hoje

A geógrafa Vera França, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), dedicou seu doutorado ao estudo da expansão metropolitana de Aracaju. A pesquisadora ressalta o contraste dos primeiros anos da capital com a realidade de hoje. “A cidade enfrentou muitos problemas pela fragilidade das condições ambientais e exiguidade de recursos para investimentos. Hoje, Aracaju possui boa estrutura urbana, que atende grande parte da cidade, com atividades econômicas bem consolidadas e com força de centralidade em todo o território sergipano e áreas limítrofes da Bahia e de Alagoas. A cidade avança sobre os municípios vizinhos, formando uma área metropolitana que abrange cerca de um milhão de pessoas”, pontua.

Para a arquiteta Sarah Lúcia Alves França, é necessário que o poder público dirija à capital um olhar conectado ao entorno. Sarah, que é professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFS, também coordena o Núcleo Aracaju do Observatório das Metrópoles.

“Aracaju abriga 29% da população sergipana e concentra funções econômicas e administrativas, atraindo pessoas dos 75 municípios de Sergipe. Com isso, o Governo do Estado pode contribuir promovendo ações para pensar a capital em um contexto metropolitano, que se expande, especialmente em direção a São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro, se conectando diariamente por meio dos fluxos diários de trabalhadores e de mercadorias”, diz.

Obras

168 anos depois, a história dos sergipanos que construíram a capital segue lembrada e honrada pelo Governo de Sergipe. Para tanto, a gestão vem investindo em ações de desenvolvimento estrutural para Aracaju, nos mais variados cantos da cidade.

Por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Sedurbi), o governo deu início aos trabalhos para a futura construção da nova ponte entre Aracaju e Barra dos Coqueiros. A primeira reunião para elaboração do termo de referência para contratação de estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental ocorreu no último dia 10 de março.

Ainda em se tratando da travessia Aracaju-Barra, o governo está realizando, desde janeiro, a troca das juntas de dilatação e a recuperação dos berços da Ponte Construtor João Alves. Com investimentos no valor de R$ 7.779.283,91, a obra se estende nos dois sentidos das pistas.

Também estão em andamento obras de ampliação, reforma e adequação de diversos espaços de interesse na capital, a exemplo de unidades educacionais e de saúde. Com conclusão prevista para junho deste ano, a reforma e ampliação da quadra de esportes do Colégio Estadual General Siqueira, no bairro Siqueira Campos, segue em evolução. Também está em curso a segunda etapa da reforma do Ginásio de Esportes Constâncio Vieira, no bairro Treze de Julho, que deve ser concluída até abril.

As obras do Conservatório de Música de Sergipe, no Centro da capital, também continuam progredindo, com expectativa de serem terminadas até setembro. Além da reforma, o conservatório está passando por uma ampla adequação de acessibilidade. Avança também a construção do Hospital do Câncer de Aracaju, no bairro Capucho. Até o momento estão em elaboração os projetos executivos de arquitetura e engenharia. A previsão é que estas intervenções sejam concluídas até outubro.

Já concluída e inaugurada, a reforma e ampliação do Centro de Excelência Professor Paulo Freire, no bairro Industrial, é mais uma obra do Governo de Sergipe. Devolvida à população no último dia 10, a escola teve sua estrutura modificada e melhorada a partir dos serviços da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop) e acompanhamento da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc).

Turismo

A conclusão das obras da Orla Sul é mais um projeto de desenvolvimento para a capital aracajuana, com perspectivas voltadas ao setor turístico. No início de 2023, o governador Fábio Mitidieri recomendou à Sedurbi e à Cehop a realização de um levantamento da situação da obra, assim como solicitou providências para dar celeridade à sua conclusão. No momento, está sendo executada a adequação urbanística em trechos da orla, correspondendo aos 5% ainda não entregues do serviço.

O projeto da Orla Sul se estende por 17 km e se inicia a partir da intersecção da Avenida Santos Dumont com a Rua Deputado Clóvis Rollemberg, no bairro Atalaia. As intervenções seguem pela faixa litorânea da Rodovia SE-100 (Inácio Barbosa) até o Farol do Mosqueiro, no limite com o município de Itaporanga D'Ajuda. Até então, o investimento soma aproximadamente R$ 68 milhões, provenientes, em sua maioria, de recursos do Tesouro estadual.

Mais um espaço de lazer para turistas e sergipanos que passa por serviços conduzidos pelo Governo de Sergipe é o Parque dos Cajueiros, no bairro Farolândia. A previsão é que a obra, que terá aditivo de valor e de prazo, chegue ao total de R$ 3 milhões em investimentos. A estimativa é de que a reforma do parque seja concluída até junho.

Atração no segmento turístico religioso, o Caminho de Santa Dulce dos Pobres é mais um dos projetos do Governo de Sergipe, interligando Aracaju e São Cristóvão. Iniciados em 2023, os serviços estão na fase de terraplanagem. A próxima etapa envolverá a implantação de mais de 73 mil m² de pavimentação granítica nos 10,36 km do trajeto, com investimento total previsto de R$ 13.974.557,00. E mais obras estão por vir, para promover qualidade de vida e desenvolvimento para o povo de Aracaju e de todo o estado.