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Quinta-Feira, 11 de Abril de 2019 às 13:28:00
Emdagro implanta programa de prevenção contra praga da fruticultura
O Programa Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola, já foi implantado nos municípios de Cristinápolis, Umbaúba, Boquim, Estância, Propriá, Neópolis e Itaporanga

A Mosca da Carambola é uma das espécies de mosca das frutas que mais ameaça a cadeia produtiva da fruticultura brasileira. Para manter a sanidade dos pomares sergipanos, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), através da Coordenadoria de Defesa Vegetal, implantou o Programa Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola, nos municípios de Cristinápolis, Umbaúba, Boquim, Estância, Propriá, Neópolis e Itaporanga. Criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o programa busca impedir a introdução dessa praga no Estado, de forma a evitar graves prejuízos à fruticultura e à economia local.

Executado desde 2018, o programa já realizou mais de 360 inspeções com armadilhas de base adesiva e feromônio (substância com funções de atração sexual) em Sergipe, distribuídas em pontos estratégicos, como propriedades agrícolas, indústrias de suco, pomares urbanos e beneficiadoras. Postos de fiscalização da Emdagro localizados nas fronteiras do estado também foram inspecionados, em virtude das cargas de citros - principal hospedeiro - que transitam pelo Nordeste, oriundas do estado do Pará, onde a praga é bastante incidente.

Segundo a coordenadora de Defesa Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, os agentes inspecionam as armadilhas quinzenalmente, fazendo a troca da isca tóxica e do piso adesivo a cada supervisão. “Os pisos adesivos são analisados no momento da sua retirada da armadilha e, em caso de alguma suspeita de captura de espécime da mosca da carambola, deve-se avisar imediatamente à Coordenação de Defesa Vegetal, que se encarregará de comunicar o fato ao Ministério da Agricultura em Sergipe para a tomada de providências necessárias”, frisou.

A praga

A Mosca da Carambola (Bactrocera carambolae Drew & Hancock) é originária do sudeste asiático. Foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1996, em Oiapoque, no Amapá, se disseminando para os estados de Roraima e Pará. Ela é considerada uma das espécies de moscas-das-frutas de importância econômica prejudicial à fruticultura mundial. Os danos causados podem ser observados diretamente nos frutos, onde os insetos depositam os ovos. As larvas perfuram a casca e destroem a polpa dos frutos, tornando-os impróprios para o consumo. “Além disso, a praga induz à maturação precoce, queda e apodrecimento do fruto, acarretando grande redução da produção”, explicou a coordenadora de Defesa Vegetal.

Aparecida esclareceu, ainda, que a Mosca da Carambola ataca não só a carambola, mas várias ouras espécies frutíferas, como laranja, tangerina, acerola, manga, dentre outras, causando prejuízos ao agricultor, que sofrerá restrições impostas pelos mercados consumidores, além das implicações de medidas de controle. “O aparecimento e disseminação dessa praga pode provocar graves impactos econômicos, políticos, sociais e ambientais. Daí a importância da prevenção”, concluiu.

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Emdagro implanta programa de prevenção contra praga da fruticultura
O Programa Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola, já foi implantado nos municípios de Cristinápolis, Umbaúba, Boquim, Estância, Propriá, Neópolis e Itaporanga
Quinta-Feira, 11 de Abril de 2019 às 13:28:00

A Mosca da Carambola é uma das espécies de mosca das frutas que mais ameaça a cadeia produtiva da fruticultura brasileira. Para manter a sanidade dos pomares sergipanos, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), através da Coordenadoria de Defesa Vegetal, implantou o Programa Nacional de Erradicação da Mosca da Carambola, nos municípios de Cristinápolis, Umbaúba, Boquim, Estância, Propriá, Neópolis e Itaporanga. Criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o programa busca impedir a introdução dessa praga no Estado, de forma a evitar graves prejuízos à fruticultura e à economia local.

Executado desde 2018, o programa já realizou mais de 360 inspeções com armadilhas de base adesiva e feromônio (substância com funções de atração sexual) em Sergipe, distribuídas em pontos estratégicos, como propriedades agrícolas, indústrias de suco, pomares urbanos e beneficiadoras. Postos de fiscalização da Emdagro localizados nas fronteiras do estado também foram inspecionados, em virtude das cargas de citros - principal hospedeiro - que transitam pelo Nordeste, oriundas do estado do Pará, onde a praga é bastante incidente.

Segundo a coordenadora de Defesa Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, os agentes inspecionam as armadilhas quinzenalmente, fazendo a troca da isca tóxica e do piso adesivo a cada supervisão. “Os pisos adesivos são analisados no momento da sua retirada da armadilha e, em caso de alguma suspeita de captura de espécime da mosca da carambola, deve-se avisar imediatamente à Coordenação de Defesa Vegetal, que se encarregará de comunicar o fato ao Ministério da Agricultura em Sergipe para a tomada de providências necessárias”, frisou.

A praga

A Mosca da Carambola (Bactrocera carambolae Drew & Hancock) é originária do sudeste asiático. Foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1996, em Oiapoque, no Amapá, se disseminando para os estados de Roraima e Pará. Ela é considerada uma das espécies de moscas-das-frutas de importância econômica prejudicial à fruticultura mundial. Os danos causados podem ser observados diretamente nos frutos, onde os insetos depositam os ovos. As larvas perfuram a casca e destroem a polpa dos frutos, tornando-os impróprios para o consumo. “Além disso, a praga induz à maturação precoce, queda e apodrecimento do fruto, acarretando grande redução da produção”, explicou a coordenadora de Defesa Vegetal.

Aparecida esclareceu, ainda, que a Mosca da Carambola ataca não só a carambola, mas várias ouras espécies frutíferas, como laranja, tangerina, acerola, manga, dentre outras, causando prejuízos ao agricultor, que sofrerá restrições impostas pelos mercados consumidores, além das implicações de medidas de controle. “O aparecimento e disseminação dessa praga pode provocar graves impactos econômicos, políticos, sociais e ambientais. Daí a importância da prevenção”, concluiu.