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Terça-Feira, 17 de Dezembro de 2019 às 16:30:00
Cohidro reúne irrigantes em Canindé e Itabaiana para conter mau uso da água
Perímetros irrigados vão intensificar fiscalização para punir desperdício e captação irregular

A diretoria executiva da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro se reuniu com a gerência local e os agricultores do Perímetro Irrigado da Ribeira, em Itabaiana, para comunicar que vai adotar medidas para conter o consumo excessivo e o desperdício de água, que têm causado sobrecarga nos equipamentos e prejuízos aos produtores mais distantes das estações de bombeamento [EBs], pela vazão reduzida da água nos lotes. Uma semana antes, um encontro com o mesmo objetivo aconteceu em Canindé de São Francisco, onde a Cohidro também irá intensificar a fiscalização, no combate à adulteração dos hidrantes, bem como à captação irregular de água na rede, com aplicação de advertências, multas e cortes.

O presidente Paulo Sobral avisou, durante as reuniões, que serão reinstaladas placas de controle de vazão nos lotes, como já ocorreu no Perímetro Irrigado Jacarecica I, também em Itabaiana. “Esses mecanismos equilibram o recebimento de água para todos os lotes de um setor. Periodicamente, os funcionários do perímetro repõem as placas que, em alguns casos, são retiradas ou adulteradas para passar mais água que nos lotes dos vizinhos. A diferença é que, agora, a Cohidro está buscando amparo na Justiça para punir essa atitude, em último caso, com o corte da água e cobrança de taxa de religamento. Procedimento igual será adotado para quem se opuser a pagar a tarifa de água, que passou a ser cobrada de todos os usuários do sistema: advertência seguida de corte”, alertou o presidente da Cohidro. 

Até ser regularizado o acesso uniformizado da água nos lotes, emergencialmente, o perímetro de Canindé terá irrigação aos domingos. Presidente da Cooperativa de Fomento Rural e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia – Coofrucal, Levi Alves observa que aumentou a frequência com que a Cohidro dialoga com os produtores e pede celeridade no conserto das bombas. “A reunião foi boa. Acreditamos que desses encontros com a diretoria da Cohidro certamente surgirão efeitos positivos. Eu percebo que a manutenção dessas EBs é de suma importância, até porque já aguardávamos por muitos anos. Visitamos algumas obras e o trabalho está ficando muito bonito, estão de parabéns pela iniciativa e a manutenção”, disse o agricultor, em referência às reformas feitas com a receita da tarifa de água nas estações de bombeamento dos perímetros. 

Outra iniciativa sugerida na reunião do perímetro Califórnia foi a adoção da irrigação localizada. Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Rural da Cohidro, João Fonseca, existe um quadro de engenheiros da Cohidro para realizar projetos de irrigação e técnicos agrícolas para orientar o uso dessa tecnologia. “É aconselhável trocar os aspersores convencionais pelos microaspersores ou as mangueiras de gotejamento, pois exigem bem menos pressão para serem ativados, sem falar da enorme economia de água que eles proporcionam, eliminando muito o desperdício. Os técnicos agrícolas de todos os perímetros irrigados acabaram de participar de uma capacitação, em Itabaiana, para o uso e manutenção desses equipamentos e vão ajudar muito o produtor que optar pela irrigação localizada”, pontua.  

Nos perímetros de Itabaiana a aspersão localizada foi adotada em todos os lotes e sem custo para os agricultores, a partir de um investimento de mais de R$ 14 milhões feito pelo governo do Estado e pelo Banco Mundial, através do Programa Águas de Sergipe. Mesmo assim, o projeto que inclui a automação e o uso da fertirrigação depende que a água chegue igual em todos os lotes. Também na Ribeira serão recolocadas as placas de vazão e será fiscalizado todo o desvio de água fora dos hidrantes, com a reincidência passível de punição. "A proposta é boa. Se eles levarem adiante, vai ser bom para todo mundo. Os desvios de água tem que tirar e punir mesmo, que é o jeito certo", opinou Edmilson da Silva, agricultor do povoado Lagoa do Forno. Em seu lote, atendido pelo perímetro, ele planta alface, coentro cebola e outros vegetais.

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Cohidro reúne irrigantes em Canindé e Itabaiana para conter mau uso da água
Perímetros irrigados vão intensificar fiscalização para punir desperdício e captação irregular
Terça-Feira, 17 de Dezembro de 2019 às 16:30:00

A diretoria executiva da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro se reuniu com a gerência local e os agricultores do Perímetro Irrigado da Ribeira, em Itabaiana, para comunicar que vai adotar medidas para conter o consumo excessivo e o desperdício de água, que têm causado sobrecarga nos equipamentos e prejuízos aos produtores mais distantes das estações de bombeamento [EBs], pela vazão reduzida da água nos lotes. Uma semana antes, um encontro com o mesmo objetivo aconteceu em Canindé de São Francisco, onde a Cohidro também irá intensificar a fiscalização, no combate à adulteração dos hidrantes, bem como à captação irregular de água na rede, com aplicação de advertências, multas e cortes.

O presidente Paulo Sobral avisou, durante as reuniões, que serão reinstaladas placas de controle de vazão nos lotes, como já ocorreu no Perímetro Irrigado Jacarecica I, também em Itabaiana. “Esses mecanismos equilibram o recebimento de água para todos os lotes de um setor. Periodicamente, os funcionários do perímetro repõem as placas que, em alguns casos, são retiradas ou adulteradas para passar mais água que nos lotes dos vizinhos. A diferença é que, agora, a Cohidro está buscando amparo na Justiça para punir essa atitude, em último caso, com o corte da água e cobrança de taxa de religamento. Procedimento igual será adotado para quem se opuser a pagar a tarifa de água, que passou a ser cobrada de todos os usuários do sistema: advertência seguida de corte”, alertou o presidente da Cohidro. 

Até ser regularizado o acesso uniformizado da água nos lotes, emergencialmente, o perímetro de Canindé terá irrigação aos domingos. Presidente da Cooperativa de Fomento Rural e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia – Coofrucal, Levi Alves observa que aumentou a frequência com que a Cohidro dialoga com os produtores e pede celeridade no conserto das bombas. “A reunião foi boa. Acreditamos que desses encontros com a diretoria da Cohidro certamente surgirão efeitos positivos. Eu percebo que a manutenção dessas EBs é de suma importância, até porque já aguardávamos por muitos anos. Visitamos algumas obras e o trabalho está ficando muito bonito, estão de parabéns pela iniciativa e a manutenção”, disse o agricultor, em referência às reformas feitas com a receita da tarifa de água nas estações de bombeamento dos perímetros. 

Outra iniciativa sugerida na reunião do perímetro Califórnia foi a adoção da irrigação localizada. Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Rural da Cohidro, João Fonseca, existe um quadro de engenheiros da Cohidro para realizar projetos de irrigação e técnicos agrícolas para orientar o uso dessa tecnologia. “É aconselhável trocar os aspersores convencionais pelos microaspersores ou as mangueiras de gotejamento, pois exigem bem menos pressão para serem ativados, sem falar da enorme economia de água que eles proporcionam, eliminando muito o desperdício. Os técnicos agrícolas de todos os perímetros irrigados acabaram de participar de uma capacitação, em Itabaiana, para o uso e manutenção desses equipamentos e vão ajudar muito o produtor que optar pela irrigação localizada”, pontua.  

Nos perímetros de Itabaiana a aspersão localizada foi adotada em todos os lotes e sem custo para os agricultores, a partir de um investimento de mais de R$ 14 milhões feito pelo governo do Estado e pelo Banco Mundial, através do Programa Águas de Sergipe. Mesmo assim, o projeto que inclui a automação e o uso da fertirrigação depende que a água chegue igual em todos os lotes. Também na Ribeira serão recolocadas as placas de vazão e será fiscalizado todo o desvio de água fora dos hidrantes, com a reincidência passível de punição. "A proposta é boa. Se eles levarem adiante, vai ser bom para todo mundo. Os desvios de água tem que tirar e punir mesmo, que é o jeito certo", opinou Edmilson da Silva, agricultor do povoado Lagoa do Forno. Em seu lote, atendido pelo perímetro, ele planta alface, coentro cebola e outros vegetais.