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Terça-Feira, 30 de Dezembro de 2008 às 09:09:00
Bombeiro de Sergipe ajuda a salvar vidas em Santa Catarina
O militar foi convocado pela Força Nacional de Segurança Pública para ajudar no auxílio e nas buscas a vítimas

Com uniformes especiais e com o auxílio da cadela Brasa, o sargento do Corpo de Bombeiros de Sergipe Elielson Silva foi um dos heróis anônimos durante as enchentes de novembro deste ano em Santa Catarina. Especialista em operações com cães e resgate de pessoas, o militar foi convocado pela Força Nacional de Segurança Pública para ajudar no auxílio e nas buscas a vítimas em 14 municípios, junto com o Exército, a Força Aérea, além da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros locais.

O desempenho da equipe sergipana foi bastante elogiado e já rendeu convites para novas operações através da Força Nacional. Antes da operação, Elielson e a cadela, da raça Labrador, estavam num curso de Busca e Salvamento com Cães em Áreas Colapsadas, em Brasília [DF]. "Quando houve a tragédia em Santa Catarina, todos os alunos e seus animais foram convocados pelo Governo Federal. Atuamos durante 20 dias e, graças a Deus, conseguimos salvar muitas vidas", lembra o graduado.

Foram muitos desafios e momentos de perigo. "Tenho 17 anos de profissão e essa foi a missão mais difícil de todas. A pé ou com uso de helicópteros e barcos, encontramos centenas de corpos de pessoas afogadas nos alagamentos ou soterradas pelas terras que desceram dos morros, mas também lutamos e levamos a abrigos milhares de crianças, idosos e adultos, inclusive uma família sergipana de Indiaroba que reside em Brusque. Foi muito triste, mas aprendi muito com isso tudo", revela.

O drama vivido pelas famílias que habitam o Vale do Itajaí, em Santa Catarina, emocionou todo o Brasil. "Era chocante, como todos puderam ver pela televisão. As pessoas lá ficavam perdidas em meio a tantos desastres naturais. Encontrávamos cidades inteiras destruídas pela enxurrada e a população tinha que abandonar essas áreas. Nosso trabalho era localizar os cidadãos e retirá-los em segurança. A experiência vai nos ajudar a preparar a tropa aqui para o caso de uma necessidade", informa.

Canil

De volta a Sergipe há oito dias, Elielson espera fortalecer também o núcleo de operações com cães do Corpo de Bombeiros. "São mais conhecimentos que a gente traz. Queremos desenvolver agora a atividade de Canil na corporação. Precisamos ampliar o efetivo e criar uma boa estrutura. Por enquanto temos mais dois militares, sendo um sargento e um soldado, que dedicam horas livres para treinar mais dois cães. Além disso, em breve, a cadela Brasa dará cria também".

Segundo Elielson, o treinamento dos cães é feito a partir do odor. "Trabalhamos o faro dos cães desde recém-nascidos e identificamos aqueles que têm aptidão para o serviço de busca. Alguns são indicados a busca de entorpecentes, outros a pessoas", explica. "Numa situação de perigo, num terreno instável, o cão identifica se há pessoas naquela área e os bombeiros vão ferramentas fazer o resgate", acrescenta.

Para fazer com que o animal procure determinado cheiro, os instrutores põem um pouco da droga ou um pedaço de carne (a de porco é a que se assemelha mais à humana) numa cápsula e acostumam o cão a procurar aquele objeto. "Numa ação real, o cão vai ser estimulado a buscar onde pode estar uma pessoa. A Polícia Militar faz o mesmo quando está numa operação de combate ao tráfico de enorpecentes", diz Elielson.

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Bombeiro de Sergipe ajuda a salvar vidas em Santa Catarina
O militar foi convocado pela Força Nacional de Segurança Pública para ajudar no auxílio e nas buscas a vítimas
Terça-Feira, 30 de Dezembro de 2008 às 09:09:00

Com uniformes especiais e com o auxílio da cadela Brasa, o sargento do Corpo de Bombeiros de Sergipe Elielson Silva foi um dos heróis anônimos durante as enchentes de novembro deste ano em Santa Catarina. Especialista em operações com cães e resgate de pessoas, o militar foi convocado pela Força Nacional de Segurança Pública para ajudar no auxílio e nas buscas a vítimas em 14 municípios, junto com o Exército, a Força Aérea, além da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros locais.

O desempenho da equipe sergipana foi bastante elogiado e já rendeu convites para novas operações através da Força Nacional. Antes da operação, Elielson e a cadela, da raça Labrador, estavam num curso de Busca e Salvamento com Cães em Áreas Colapsadas, em Brasília [DF]. "Quando houve a tragédia em Santa Catarina, todos os alunos e seus animais foram convocados pelo Governo Federal. Atuamos durante 20 dias e, graças a Deus, conseguimos salvar muitas vidas", lembra o graduado.

Foram muitos desafios e momentos de perigo. "Tenho 17 anos de profissão e essa foi a missão mais difícil de todas. A pé ou com uso de helicópteros e barcos, encontramos centenas de corpos de pessoas afogadas nos alagamentos ou soterradas pelas terras que desceram dos morros, mas também lutamos e levamos a abrigos milhares de crianças, idosos e adultos, inclusive uma família sergipana de Indiaroba que reside em Brusque. Foi muito triste, mas aprendi muito com isso tudo", revela.

O drama vivido pelas famílias que habitam o Vale do Itajaí, em Santa Catarina, emocionou todo o Brasil. "Era chocante, como todos puderam ver pela televisão. As pessoas lá ficavam perdidas em meio a tantos desastres naturais. Encontrávamos cidades inteiras destruídas pela enxurrada e a população tinha que abandonar essas áreas. Nosso trabalho era localizar os cidadãos e retirá-los em segurança. A experiência vai nos ajudar a preparar a tropa aqui para o caso de uma necessidade", informa.

Canil

De volta a Sergipe há oito dias, Elielson espera fortalecer também o núcleo de operações com cães do Corpo de Bombeiros. "São mais conhecimentos que a gente traz. Queremos desenvolver agora a atividade de Canil na corporação. Precisamos ampliar o efetivo e criar uma boa estrutura. Por enquanto temos mais dois militares, sendo um sargento e um soldado, que dedicam horas livres para treinar mais dois cães. Além disso, em breve, a cadela Brasa dará cria também".

Segundo Elielson, o treinamento dos cães é feito a partir do odor. "Trabalhamos o faro dos cães desde recém-nascidos e identificamos aqueles que têm aptidão para o serviço de busca. Alguns são indicados a busca de entorpecentes, outros a pessoas", explica. "Numa situação de perigo, num terreno instável, o cão identifica se há pessoas naquela área e os bombeiros vão ferramentas fazer o resgate", acrescenta.

Para fazer com que o animal procure determinado cheiro, os instrutores põem um pouco da droga ou um pedaço de carne (a de porco é a que se assemelha mais à humana) numa cápsula e acostumam o cão a procurar aquele objeto. "Numa ação real, o cão vai ser estimulado a buscar onde pode estar uma pessoa. A Polícia Militar faz o mesmo quando está numa operação de combate ao tráfico de enorpecentes", diz Elielson.