A biologia molecular vem sendo cada vez mais uma tecnologia difundida e cujos recursos são utilizados pela medicina na prática clínica, principalmente por causa da precocidade com que pode ser feito o diagnóstico de doenças. Desde o final do ano passado, o Laboratório Central de Saúde Pública Parreiras Horta (Lacen) reativou o seu laboratório de biologia molecular numa nova estrutura física, desvinculando sua atuação de outras especificidades.

De acordo com o gerente de Biologia Médica da unidade, Gustavo Santos Filho, o Lacen emprega a biologia molecular por meio de uma das técnicas mais utilizadas nesse campo, a reação em cadeia pela polimerase (Polymerase Chain Reaction - PCR). "Através desta técnica, por exemplo, é possível realizar exames como o de carga viral para HIV, que mede o nível e quantidade do vírus circulante no sangue", comenta o biomédico.

A PCR também permite a detecção dos vírus da hepatite B e C, bem como do Papilomavirus Humano (HPV), causador do condiloma acuminado, uma das doenças sexualmente transmissíveis mais freqüentes na população.

Ele destaca ainda que, a partir do mês de março, a incorporação de um novo aparelho ao laboratório de biologia molecular permitirá ao Lacen ampliar o leque de exames por PCR. "O novo equipamento utiliza uma metodologia mais avançada. Assim, poderemos também disponibilizar o diagnóstico molecular para o bacilo de Koch, que causa a tuberculose, e para a Chlamydia Trachomatis, bactéria que provoca o tracoma (infecção ocular)", salientou.